O tradicional, e sempre recipiente de algum destaque na
cobertura do Oscar de Claquete, National Board of Review divulgou na quarta-feira
(4) sua lista de melhores do ano. Foi uma lista mais alternativa e surpreendente
do que muitos esperavam, mas foi, também, uma lista que devolveu à corrida pelo
Oscar um frescor que parecia perdido desde setembro, quando 12 years a slave
disparou na bolsa de apostas como favorito absoluto.
Ela, de Spike Jonze, foi escolhido o melhor filme do ano.
Jonze venceu, ainda, entre os diretores. Os novos filmes dos Coen e de
Scorsese, Inside Llweyn Davis – balada de um homem comum e O lobo de Wall
Street, venceram respectivamente nas categorias de roteiro original e adaptado.
Nebraska, de Alexander Payne, valeu os prêmios de ator e ator coadjuvante para
Bruce Dern e Will Forte, respectivamente.
No National Board of Review, 12 years a slave só foi
aparecer no top 10 do ano ao lado de produções bem cotadas como Gravidade,
Fruitvale Station, Inside Llweyn Davis – balada de um homem, Nebraska, A vida
secreta de Walter Mitty, Os suspeitos, Walt nos bastidores de Mary Poppins e
Lone survivor, o patinho feio da lista dirigido por Peter Berg.
Emma Thompson por Walt nos bastidores de Mary Poppins e Octavia
Spencer por Fruitvale Station foram as atriz e atriz coadjuvante vencedoras. O elenco de Os
suspeitos foi saudado como o melhor do ano para o júri de críticos.
O documentário Stories we tell, de Sarah Polley foi
escolhido o melhor do ano. O passado foi escolhido o melhor filme estrangeiro e
o romeno Beyond the hills, o dinamarquês A caça, o chileno Gloria e o chinês
The grandmaster ficaram entre os cinco melhores.
No dia anterior, foi o Círculo de Críticos de Nova
Iorque que anunciou seus vencedores e Trapaça, de David O. Russell foi sagrado o
melhor filme do ano. O filme ainda triunfou nas categorias de atriz coadjuvante
para Jennifer Lawrence e roteiro. Cate Blanchett foi eleita a melhor atriz por
Blue Jasmine e Robert Redford, o melhor ator por All is lost. Steve Mcqueen foi
escolhido o melhor diretor por 12 years a slave.
Os críticos de Nova Iorque costumam fazer escolhas distantes
da Academia, mas suas escolhas costumam figurar entre os indicados ao Oscar.
Mais eficiente é o National Board of Review. Nos últimos dez anos, os
vencedores da premiação nas categorias de filme e ator estiveram entre os
indicados nas respectivas categorias no Oscar.
No último fim de semana, a Academia anunciou a lista de 15
documentários que seguem na briga por indicação na categoria. A lista pode ser
conferida mais abaixo nesta reportagem. Stories we tell, permanece na disputa e, na
avaliação de Claquete, é presença certa entre os cinco finalistas. Outras
apostas bastante factíveis são The Armstrong Lie, O ato de matar e Pussy Riot:
A Punk Prayer.
Spike Jonze no set de Ela: uma vitória surpreendente que pode impulsionar seu nome na corrida por uma vaga no Oscar
O Ato de
Matar, de Joshua Oppenheimer, Anonymous e Christine Cynn
The Armstrong Lie, de Alex Gibney
Blackfish, de Gabriela Cowperthwaite
The Crash Reel, de Lucy Walker
Cutie and the Boxer, de Zachary Heinzerling
Dirty Wars, de Rick Rowley
First Cousin Once Removed, de Alan Berliner
God Loves Uganda, de Roger Ross Williams
Life According to Sam, de Sean Fine e Andrea Nix
Pussy Riot: A Punk Prayer, de Mike Lerner e Maxim Pozdorovkin
The Square, de Jehane Noujaim
Stories We Tell, de Sarah Polley
Tim's Vermeer, de Teller
20 Feet from Stardom, de Morgan Neville
Which Way Is the Front Line from Here? The Life and Time of Tim Hetherington,
de Sebastian Junger
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