Tchau homem do mês
Não deu certo. A ideia era destacar um homem de cinema que
merecia destaque no mês. Como Claquete é uma revista de cinema virtual, em uma
definição primária proposta quando da criação do blog, a ideia parecia
interessante para o formato. Mas, na verdade, não é. Funciona bem no impresso,
nem tanto no online. Uma seção como a Em off absorve bem a seção “O homem do
mês”. A avidez por novidades, às vezes, nos conduz ao excesso. Justamente por
isso, a seção que teve curta existência no blog se despede.
Exercitando a cinefilia...
“Cinefilia – entusiasmo e fascinação pelo cinema” é o tema
da programação do primeiro semestre do cineclube da Escola de Cinema Darcy
Ribeiro. A seleção de 13 longas-metragens elaborada pelo diretor e montador
Ricardo Miranda engloba diversos cineastas, atores e propostas estéticas da
sétima arte mundial. Desde março, e até o dia 29 de junho, o cineclube apresenta clássicos
produzidos no Brasil e no mundo, entre as décadas de 30 e 90: Ganga Bruta, de
Humberto Mauro; O Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang; Mônica e o desejo, de
Ingmar Bergman; Rastros de Ódio, de John Ford; estão entre os títulos
escolhidos.
As sessões são realizadas sempre aos sábados, às 17h, com
entrada franca, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Após a exibição, o professor
Sérgio Almeida promove uma mesa-redonda para discutir aspectos e temas
relacionados ao título. As sinopses e fichas técnicas foram feitas pelo aluno
Bernardo Brum.
A Escola de Cinema Darcy Ribeiro fica no centro do Rio, mais
precisamente na Rua da Alfândega, nº 5. Mais informações podem ser obtidas pelo
telefone (21) 2233-0224 ou no site www.escoladarcyribeiro.org.br.
John Wayne em cena de Rastros de ódio: um dos filmes que compõem a programação "Cinefilia - entusiasmo e fascinação pelo cinema" em destaque na Escola de Cinema Darcy Ribeiro
Confira a programação até o fim do ciclo:
27 de abril
4 de maio
M - O Vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, Alemanha/1931)
11 de maio
Índia Song (Marguerite Duras, França/1975)
18 de maio
A Paixão de Joana D’Arc (Robert Bresson, França/1962)
25 de maio
Violência e Paixão (Luchino Visconti, EUA/Itália/1974)
8 de junho
Moisés e Aarão (Danièle Huillet e Jean-Marie Straub,
Alemanha/França/1974)
15 de junho
Os Mutantes (Tereza Villaverde, Portugal/1998)
22 de junho
Rastros de Ódio (John Ford, EUA/1956)
29 de junho
Mônica e o Desejo (Ingmar Bergman, Suécia/1953)
Mexendo em time que está ganhando?
Saiu o trailer de Thor – o mundo sombrio e o sombrio não
fica confinado ao título. Esse primeiro material promocional indica que tudo
mudou em Asgard, pelo menos na abordagem. Alan Taylor, que ajudou a criar o
universo de Game of Thrones na HBO, é o diretor e parece imbuído do propósito
de fazer do novo filme do herói da Marvel um épico. Será que ele consegue?
Samba do crioulo doido
Não é de hoje que as distribuidoras brasileiras fazem um
verdadeiro carnaval com as estreias de seus filmes. Alguns lançamentos são
reprogramados diversas vezes, como foi o caso de Killer Joe – matador de
aluguel - inicialmente previsto para outubro de 2012 e que foi remarcado quatro
vezes antes de estrear em março deste ano.
Na carta do editor deste mês de abril, Claquete destacou a
profusão de lançamentos nos mais variados gêneros e sublinhou os aguardados
filmes de cineastas festejados como Terrence Malick e Marco Bellocchio. Seus
respectivos filmes, Amor pleno e A bela que dorme foram adiados para maio. Maio
também deve ter o lançamento de outras produções constantemente adiadas como
Ferrugem e osso, de Jacques Audiard e Sem proteção, de Robert Redford. Pelo
menos, assim se espera.
Samba do crioulo doido II
A busca por janelas de lançamento melhores não é uma
contingência apenas do mercado distribuidor brasileiro. Ainda que em menor
escala, acontece nos EUA também. A mudança mais recente se deu com o lançamento
de Depois da terra, novo filme de M. Night Shyamalan, que foi antecipado em uma
semana para evitar competição com Superman: o homem de aço que agora será
lançado duas semanas depois do filme estrelado por Will Smith.
O futuro de Le passé
Selecionado para a mostra competitiva do festival de Cannes
de 2013, Le passé, novo filme do iraniano Asghar Farhadi – o primeiro rodado
fora do Irã – precisará passar por uma análise do governo iraniano para que
possa ser exibido no país, de acordo com informações da Variety. O filme,
rodado na França, mostra um iraniano radicado na França que abandona a
mulher e os filhos e volta para o Irã. Quatro anos depois ele retorna para se
divorciar. O filme é aguardadíssimo, mesmo no Irã, mas precisará passar pelo
crivo dos órgãos de regulação do país. O cineasta Abbas Kiarostami, que também
rodou seus dois últimos filmes fora do Irã, não os submeteu ao governo iraniano
e teve as produções banidas do país.
Novo projeto de Mike Nichols
O cineasta Mike Nichols está mantendo conversas preliminares
com a Paramount para dirigir "One last Thing before I go", romance de Jonathan
Tropper. A trama é promissora. Homem divorciado em plena crise de meia idade precisa lidar com sua ex-mulher apaixonada e prestes a se casar com um cara legal, sua
filha grávida e ele pode morrer se não fizer uma invasiva cirurgia. É uma
trama que com a acuidade narrativa e sensibilidade de Nichols, diretor de
filmes como Closer – perto demais (2004), A primeira noite de um homem (1967) e
Quem tem medo de Virginia Woolf? (1966)
pode se tornar em um dos grandes filmes dos próximos anos.
Me diverti muito com o primeiro "Thor", mas confesso que não estou com muitas expectativas em relação à sua continuação. De todo jeito, devo assistir.
ResponderExcluirEm relação ao novo filme de Asghar Farhadi: vi o trailer nessa semana e achei muito bom!! Com um tema central com similaridades com o de "A Separação". Espero que sejamos brindados com um novo filme.
Kamila: Minha ansiedade pela sequÊncia e "Thor" é a mesma que tive pelo original: moderada. Já pelo próximo de Farhadi é aguda. rsrs
ResponderExcluirbjs