Diversão com pedigree!
Ser Steven Soderbergh tem suas vantagens. O diretor
americano rodou dois longa-metragens com elencos recheados de estrelas de
primeira grandeza quase que simultaneamente. Um, Contágio, sobre um vírus
mortal e sem precedentes que põe em risco o futuro da humanidade, e outro esse
movimentado À toda prova (Haywire, EUA 2012); filme de ação que se vale de
alguns elementos relacionados ao cinema de espionagem e protagonizado por uma
lutadora de MMA, Gina Carano.
A grife Soderbergh atraiu atores de peso para figurar entre
os coadjuvantes e apanhar de Carano, que faz uma agente de uma empresa
paramilitar traída e em busca de vingança. Gente como Ewan McGregor, Michael
Fassbender, Michael Douglas, Antonio Banderas, Bill Paxton e Mathieu Kassovitz
abrilhanta esse filme de ação classudo com locações na Irlanda e na Espanha.
Carano e Fassbender em cena de À toda prova: filme de ação cheio de estilo e sofisticação |
De maneira não linear, Soderbergh estipula a jornada de
Mallory Kane (Carano) na busca pelos responsáveis por um intrincado plano para
matá-la. Ela precisa, obviamente, saber quem quis matá-la. Informação que ela
já detém na primeira cena do filme, mas que o público só terá plenamente na
meia hora final.
O diretor novamente esbanja técnica na arte de contar uma história
no cinema. Com trilha sonora envolvente, direção de arte sóbria e fotografia
não menos impactante, o cineasta faz de um filme de ação até certo ponto banal
um interessante e climático exercício de estilo. Tudo isso ainda com ótimas cenas de luta. O
embate entre Carano e Fassbender, por exemplo, é uma das melhores lutas do
cinema recente. Coisa do tipo que não se via desde O ultimato Bourne (2007).
Aliás, se tem uma coisa que À toda prova deixa transparecer com nitidez é o
grau de influência da trilogia Bourne no cinema de ação moderno. Até mesmo
Soderbergh quis fazer o seu Bourne. Fez e aferiu algumas marcas pessoais que
fazem da fita estrelada por Carano um entretenimento acima da média.
Ainda não assisti a este filme, mas seu texto me mostra que o longa é justamente aquilo que eu esperava dele.
ResponderExcluirBeijos!
PS: Pra quem disse que iria se aposentar, até que Soderbergh anda trabalhando demais, hein??
Gostei muito,muito mesmo.Envolvente e
ResponderExcluircheio de estilo é uma ótima definição.
Beijo
Torci o nariz, aliás, ando assim com Soderbergh porque sinceramente não vejo mais aquele cineasta de filmes mais impactantes como "Traffic" e "Sexo, mentiras e videotape", por exemplo. Ou mesmo produções como "Erin" com Julia! Odiei "Solaris" e "Contágio" poderia ter sido bem melhor, por isso, nem quis assistir este no cinema. Num dia de chuva o farei em vídeo. Mas, gostei das comparações com Bourne e admito que seu texto tem um clima empolgante... no entanto, filme de "grife" não me interessam muito. Até mesmo cineastas de prestígio como Robert Altman (em 'Prêt-à-Porter', 1994) já fizeram isso e se extrapolaram. Já esta ficando de praxe suas produções trazerem um elenco de estrelas. Espero realmente que Soderbergh faça um filme de verdade como nos velhos tempos antes de se "aposentar".
ResponderExcluirAbs.
Kamila: Mas ele já voltou atrás em relação a aposentadoria Ka. Oficialmente.rsrs
ResponderExcluirBjs
Pat:Exatamente Pat. O filme é muito estiloso.
Bjs
Rodrigo Mendes: Gosto muito do Soderbergh e ainda vejo esse cineasta sim. Os interesses temáticos é que podem estar mais diluídos.
Abs