Páginas de Claquete

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Crítica - American pie: o reencontro


Piadas antigas temperadas pela nostalgia

Quem gosta e quem não gosta de filmes como American Pie apresenta, basicamente, os mesmos argumentos como justificativa. O que difere é a valoração dada a eles. American pie – o reencontro (American reunion, EUA 2012) faz valer a máxima, mas apela à nostalgia para convencer os descrentes dos “teen movies”. A turma do filme original se reúne, 13 anos depois do filme que marcou a geração dos anos 90, para a tradicional reunião da turma do ensino médio. O reencontro, como mote, é providencial para os rumos do roteiro e, também, para a condescendência do expectador. É portanto, uma excelente solução para disfarçar as piadas requentadas que caracterizam a série, ainda que o filme apresente conflitos muito mais interessantes e adultos para todos os personagens.
O filme abre com uma das tradicionais gags constrangedoras de Jim (Jason Biggs) e começa com todo mundo seguindo para o fim de semana do reencontro da turma do colegial.
Jim e seu pai: personagens que alternam momentos
grotescos com momentos de ternura
Jim e Michelle (Alyson Hannigan) tentam conciliar a vida conjugal com os afazeres parentais. A falta de desejo ou de tempo para alimentar esse desejo é o principal conflito do casal em O reencontro. Já Oz (Chris Klein) é o apresentador de um programa esportivo, mora em Los Angeles e namora uma atriz fútil decalcada de Paris Hilton (como são todas nesse tipo de filme). O rapaz, ao reencontrar Heather (Mena Suvari), terá a certeza que sua vida está um tanto desajustada do que ele objetiva para si. Kevin (Thomas Ian Nicholas) ajeitou-se como um legítimo representante da classe média americana. Consumidor assíduo de programas de tv, ele se sente especialmente nostálgico e inseguro ao rever seu primeiro amor, Vicky (a botoxada Tara Reid). Finch (Eddie Kaye Thomas) é outro ressentido de sua vida profissional e resolve esconder suas frustrações nesse fim de semana que se revelará bem atrapalhado. Até mesmo Stifler (Seann William Scott) está um pouco diferente desde a última vez que o vimos. Como estagiário de uma importante empresa financeira, o rapaz, no entanto, preserva todas as suas idiossincrasias características.
A grande graça de American pie - o reencontro é promover o reencontro desses personagens com o público marcado por eles; e algumas piadas internas tornam a experiência mais satisfatória. O pai do Jim (Eugene Levy) continua roubando cenas e protagoniza um arco muito interessante junto com a mãe de Stifler (Jennifer Coolidge).
É verdade que você sabe exatamente o que esperar de American pie- o reencontro. O mesmo ocorre com todas as confraternizações do gênero as quais este último American pie busca referência. Essa clarividência, no entanto, não torna as coisas menos divertidas.  

2 comentários:

  1. Como eu disse no teu post anterior sobre esse filme, acho que eu só assistiria "American Pie: O Reencontro" se fosse para rever a turma toda original reunida, mas eu me preocupo com essa questão de repetição de piadas velhas. Veremos quando eu assistir...

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Kamila: Pois é Ka, a nostalgia desequilibra a favor do filme...
    Bjs

    ResponderExcluir