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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Oscar Watch 2012 - Os vencedores do Bafta 2012

O ator Jean Dujardin, o produtor Thomas Langman e o diretor Michel Hazanavicius seguram os respectivos Baftas conquistados por O artista


A consagração de O artista no Bafta realizado no último domingo (12) não é, de maneira alguma, surpreendente. A configuração das indicações, como Claquete já havia alertado na ocasião da divulgação das mesmas, já apontava para um triunfo de destaque. Os principais concorrentes no Oscar se viram diminuídos na disputa pelo Bafta. Enquanto Os descendentes concorria a melhor filme e estava fora da disputa por direção, A invenção de Hugo Cabret foi lembrado em direção, mas ficou de fora da disputa principal.
Os sete prêmios concedidos a O artista (filme, direção, ator, roteiro original, fotografia, trilha sonora e figurino), no entanto, expõem que é mesmo o filme de Michel Hazanavicius o queridinho da temporada. Não que houvesse dúvidas quanto a isso. Mas o triunfo em categorias como fotografia, ator e roteiro original, em que os favoritos eram outros, sugere essa desproporção que, talvez, rume ao Oscar.
Mais sobre as chances de O artista no Oscar pode ser lido no post “Quais as reais chances de O artista no Oscar?”.
A vitória de Jean Dujardin, no entanto, pode ser bastante elucidativa dos rumos da corrida pelo Oscar de melhor ator. Tradicionalmente os britânicos prevalecem nessa categoria. Os dois últimos Baftas foram entregues a Colin Firth (Direito de amar e O discurso do rei) e havia um britânico, historicamente negligenciado (Gary Oldman), na disputa. O fato de Dujardin ter vencido Oldman, mais do que George Clooney propriamente dito, mostra que a categoria pode estar mais decidida do que as aparências sugerem. Em compensação, a vitória de Meryl Streep entre as atrizes não excede essa “cota britânica”. Ainda que a atriz seja americana. A vitória se dá por um personagem britânico histórico, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher, em que a atriz lança mão de uma apropriação do sotaque britânico singular.
Os coadjuvantes eleitos foram Christopher Plummer (Toda forma de amor) e Octavia Spencer (Histórias cruzadas ).
Um dos destaques da premiação foi o triunfo duplo do documentário Senna. O filme, que é inglês, foi eleito o melhor documentário do ano (algo longe de ser verdade, é bom que fique registrado) e, surpreendentemente, venceu como melhor montagem. Outra potencial surpresa foi a vitória de A pele que habito entre as produções de língua não inglesa, desbancando o favoritíssimo A separação. Pode-se entender esse prêmio como uma opção de manter as láureas no cinema europeu. 

4 comentários:

  1. Gostei bastante dos vencedores do BAFTA. "O Artista", Jean Dujardin e Meryl Streep, assim espero, cada vez mais perto do Oscar. Adorei ver também o reconhecimento dado a "Senna".

    Beijos!

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  2. Vi Histórias Cruzadas e A Dama de Ferro, mais do que nunca estou torcendo por Meryl Streep no Oscar, tomara que dessa vez aconteça.

    Quanto a O Artista no BAFTA, realmente não chega a ser uma surpresa, mas não deixa de ser significativo, né? Vamos torcer por ele também.

    bjs

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  3. A minha aposta ainda é Viola Davis, mas a Meryl está seguindo um caminho muito parecido com o de Marion Cotillard em "Piaf". Ambas fazem papeis biográficos, carregados de (premiada) maquiagem. Perderam o SAG, ganharam o BAFTA/GG e eram desacreditadas até o último minuto do Oscar...

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  4. Kamila: Pois é Ka, pena que não o Bafta não seja transmitido para o Brasil...
    Bjs

    Amanda:Essa expressiva vitória é mesmo muito significativa. Eu, sinceramente, acho que Rooney Mara é a melhor atriz. Ainda preciso ver Glenn Close e Michelle Williams.
    Bjs

    Matheus: O paralelo é oportuno Matheus. Tá aí uma esperança para Meryl. Vamos aguardar. A única diferença é que Cottilard não tinha um Oscar e Meryl já tem...
    Abs

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