Páginas de Claquete

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Em off

Nesta edição de Em off, o Oscar busca surpreender a audiência, um ex-diretor de 007 que anda falando mal da série; a preparação de Brad Pitt para enfrentar zumbis; o conselho que Oliver Stone deu para o protagonista de Transformers; a maior mostra já organizada em homenagem ao mestre do suspense; a Nouvelle Vague invadindo São Paulo e os piores atores de todos os tempos.




Ficou para depois...

A árvore da vida de Terrence Malick será plantada nos cinemas brasileiros apenas em agosto. A Imagem filmes, que detém os direitos da fita aqui no Brasil, remarcou a estréia do filme para o dia 12 de agosto. Não houve justificativa oficial para o adiamento do vencedor da Palma de ouro – que estrearia no dia 24 de junho nas salas brasileiras.
 Em virtude do súbito adiamento, a mostra Panorama do blog – que analisaria a obra sob a perspectiva da filmografia de Malick – ficará desfalcada. Ainda essa semana será publicado o artigo sobre Além da linha vermelha e na semana que vem sobre O novo mundo. A última semana de junho, que destacaria A árvore da vida, não terá o destaque da mostra. Em agosto, ainda que o contemplado por Panorama seja outro cineasta, o filme será elencado na mostra.



Em busca do elemento surpresa

A Academia de Arte e Ciências Cinematográficas de Hollywood (AMPAS) , como de costume, anunciou o saldo da reunião do comitê diretivo da instituição. Todo ano, esse conselho deliberativo promove algumas mudanças. Em 2011, a mudança foi mais profunda e objetiva recuperar um pouco do legado da Academia, manchado com a inclusão de obras discutíveis entre os dez indicados a melhor filme em 2010 e 2011.
Ficou resolvido que em 2012 a categoria principal (a de melhor filme) poderá ter entre 5 e dez indicados. E que só será sabido o número exato dos concorrentes no momento do anúncio dos indicados. "Uma indicação para melhor filme deve ser prova de um mérito extraordinário. Se só houver oito filmes que realmente mereçam esta honra em um determinado ano, não devemos nos sentir na obrigação de arredondar o número", explicou Bruce Davis, diretor-executivo da Academia, em comunicado de imprensa.
O presidente da instituição, Tom Sherak, explicou que para garantir o direito de se indicado a melhor filme, uma fita terá que ostentar a preferência em pelo menos 5% dos votos dos acadêmicos. Sherak admitiu que a medida também tem o objetivo de incrementar o impacto do anúncio dos indicados, acrescentando um elemento surpresa.

O presidente da Academia, Tom Sherak: surpresa e mérito são as ordens do dia...


Outras mudanças
A academia anunciou que os indicados a melhores efeitos especiais também podem aumentar. Poderão ser de 3 a 10, dependendo das notas atribuídas aos efeitos nas fases prévias de análise. As categorias de documentário, curta-metragem e animação também tiveram flexibilização determinada em virtude do número de candidatos inscritos.


Saldo positivo
A ideia de meritocracia é louvável e deve mesmo nortear as decisões da Academia. A tendência é de que em anos extraordinários, o número de indicados ao Oscar de melhor filme se aproxime de dez, no entanto, em linhas gerais, deve girar em torno de sete. A seção Insight do dia 26 de junho irá repercutir essas novas diretrizes do Oscar.



Bafo de mulher traída!
Martin Campbell é um dos poucos diretores que já dirigiu mais de um filme de James Bond na contemporaneidade. Foi chamado para dirigir a estréia de Pierce Brosnan na série (007 contra goldeneye, de 1995) e para o reboot em 2006 com Daniel Graig como Bond. Após conseguir as melhores críticas e a melhor bilheteria da série com Cassino Royale, Campbell dirigiu O fim da escuridão (ótimo thriller policial com Mel Gibson) e Lanterna verde, adaptação de HQ que pinta nos cinemas americanos nesse final de semana. Foi durante a premiere deste último filme que Campbell resolveu defenestrar Quantum of Solace – o filme que deu sequência às aventuras de 007. “Foi uma porcaria. A história não era muito interessante e a ação não fazia jus aos personagens”, opinou. Campbell, que teve que lidar com uma série de intervenções do estúdio em seu Lanterna verde e que amealha críticas negativas, se disse esperançoso com o trabalho de Sam Mendes – o diretor escalado para a vigésima terceira aparição de James bond no cinema.



Os melhores piores...
A cultura pop pode ser cruel. Prova disso foi a análise feita pelo site Slate, com base no banco de dados do site Rotten tomatoes (que agrega críticas e cotações sobre filmes). A ideia era aferir o pior ator e a pior atriz da história do cinema. Chuck Norris e Jennifer Love Hewitt obtiveram a distinção. O leitor, para incrementar o componente de crueldade da cultura pop, pode argumentar de que era desnecessário proceder tal pesquisa para obter tal resultado. Pura maldade!


 A beleza de Jennifer Love Hewitt não põe mesa segundo apurou o site Slate 



Os mandamentos de Oliver Stone
Ao que parece, Shia LaBeouf ouviu bem Oliver Stone. Durante a campanha de divulgação de Wall street – o dinheiro nunca dorme, filme em que Stone dirigiu Shia, o diretor afirmou que estava na hora de Shia parar de brincar de robô (em referência a série de filmes Transformers) e começar a se engajar em projetos mais sérios (em alusão ao próprio Wall street). Todos riram e anuíram com a ótima frase de efeito. Shia, como é de conhecimento público, já estava envolvido com o terceiro Transformers – que estréia no dia 1º de julho.
Agora, às vésperas do lançamento, o ator afirmou em entrevista a MTV americana que “Transformers – o lado oculto da lua” marca sua última participação na série. “Aposto que o estúdio, com o sucesso que vem tendo, irá continuar. Mas meu ciclo acaba com este filme”, afirmou na ocasião.



Brad Pitt contra zumbis

A produção de World War of Z deve começar dentro de alguns meses na Escócia. A fita, uma produção da Plan B (produtora de Brad Pitt), foi orçada em U$ 130 milhões. O filme acompanha a saga de um emissário da ONU que viaja coletando depoimentos de humanos que sobreviveram a um holocausto zumbi. O projeto já esteve associado a Paramount e atualmente não há nenhum acordo de distribuição fixado. Mas com Brad Pittt a frente do elenco, com direção do franco suíço Marc Foster e roteiro do cultuado J. Michael Straczynski isso não deve ser um problema. Recentemente, foi divulgado que Ed Harris e Matthew Fox iniciaram negociações para integrarem o elenco. O filme é baseado na obra homônima de Max Brooks (Word War of Z: na oral history of zombie war). Começou como um projeto maldito e vai ganhando forma hypada...



Hitch em São Paulo
Os cinéfilos paulistanos poderão se deleitar nas próximas semanas. Entre os dias 15 e 24 de junho será realizada a mais completa Mostra sobre Alfred Hitchcock no país. Serão exibidos 54 longa-metragens em película e mais DVDs de filmes rodados nos anos 20 e 127 episódios da série Alfred Hitchcock presents. Também estão programados exibições de curta-metragens, debates e cursos.
A Mostra acontece no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), cujo endereço é rua Álvares Penteado,112 (próximo às estações Sé e São Bento do metrô).
O CineSesc já exibe uma palhinha do que começa a ferver a partir de hoje em São Paulo. Amanhã, às 19h30min, o crítico de cinema Inácio Araújo e o cineasta José Mojica Marins estarão no CCBB para responder a seguinte pergunta: Era Hitch, um cineasta moderno?
A programação completa, com dias e horários das sessões, pode ser conferida no site do evento (www.mostrahitchcock.com.br).



Sempre um charme
E já que o assunto é cinema em seu mais alto nível, outra opção para os cinéfilos paulistanos é a mostra que o Sesc Interlagos promove sobre o cinema francês entre os dias 17 e 24 de junho. O tema é 1959: o ano mágico do cinema francês. A seleção recupera filmes do período de efervescência da cinematografia daquele país que foi batizado de Nouvelle Vague. A mostra destacará os filmes Hiroshima, meu amor, de Alan Resnais (17/4, às 15h); Acossado, de Jean-Luc Godard (18/4, às 15h); Os incompreendidos, de François Truffaut (19/6, às 15h); Quem matou Leda?, de Claude Chabrol (23/6, às 15h); Pickpocket, de Robert Bresson (24/6, às 15h).
O preço dos ingressos é de R$ 3. O endereço do Sesc Interlagos é avenida Manoel Alves Soares, 1.100, Parque Colonial.

3 comentários:

  1. Eu, pra ser sincera, desisti de entender a Academia. Acho a regra nova confusa e acredito que, em breve, voltaremos a ter somente cinco indicados em Melhor Filme, de novo.

    No mais, aguento esperar até Agosto para ver "A Árvore da Vida". Tá tão pertinho!!!

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  2. Também fiquei arrasada com esse adiamento de A árvore da Vida, estava contando os dias para ver o filme. Parece que a Imagem está temendo as grandes estréias de junho e julho pelo que li... Tristeza.

    Essa do Oscar é mais uma tentativa de mexer com as expectativas. Confuso, verdade, mas, gosto dessa não obrigação de serem dez indicados.

    Quer dizer que além de Hitchcock tem Nouvelle Vague em Sampa? Acho que preciso mudar de cidade, hehe.

    bjs

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  3. Lê: Vou passar lá sim Lê. Obrigado pelos elogios.
    Bjs

    Kamila: Tb acredito que voltaremos a ter apenas cinco filmes entre os indicados. O que, francamente, acho mais justo e correto. Contudo, não achei a regra confusa não. Achei-a mais democrática e serena do que impor dez indicados. Não há, atualmente, uma produção de qualidade que justifique esse número.
    Bjs

    Amanda:Pois é... eu ainda acho que A árvore da vida vai decepcionar muita gente... intuição. Espero estar errado! Acho que junho, no circuito brasileiro, era um mês melhor do que será agosto. Acho que a Imagem comeu bola.
    Como disse para a Ka, não achei confusa essa nova diretriz do Oscar não. Na seção Insight do dia 26 trarei mais detalhes a respeito.

    Vai ser super bem vinda em Sampa. Isso eu garanto!
    bjs

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