Editorial - Desconstrução

Junho é o sexto mês do ano. Ao seu final, metade do ano terá ido embora. Estamos mais perto do que almejamos ou não? Em junho, em Claquete, será um mês de questionamentos. É preciso desconstruir uma estrutura para descobrir o que há de errado com ela ou é possível reparar os danos no trânsito da vida? O TOP 10 do mês, em uma homenagem incomum ao dia dos namorados lista 10 filmes que desconstroem a relação amorosa. Desconstrução é a que está sendo submetido Mel Gibson em Hollywood. Nunca houve tanta má vontade com uma personalidade, por mais fanfarrona que ela fosse. O porque do linchamento moral e midiático a qual Gibson está sendo submetido é um dos temas da seção Insight neste mês. Outro tema presente em junho na mesma seção é Lars Von Trier. Polêmico por excelência, o cineasta aumentou a carga de polêmicas à medida que sua obra foi perdendo relevância. Na coluna Questões cinematográficas é a vez da atividade da crítica de cinema entrar em pauta. Para que serve? A quantas anda? No Brasil há uma boa crítica de cinema? Quais são as propostas da crítica de cinema na era da internet?

Era da internet. Em pleno orgasmo digital, cineastas como Woody Allen e Terrence Malick, cujos mais recentes filmes estréiam este mês, propõem viagens temporais para buscar (desconstruir?) o homem e o meio. Meia noite em Paris e A árvore da vida, obviamente, terão destaque em Claquete. Malick, inclusive, será tema da mostra Panorama neste mês. Outra “viagem ao começo” está em X-men: primeira classe, filme que revitaliza a saga mutante nos cinemas subscrevendo-a a momentos históricos da humanidade. Claquete repercute lança um olhar para X-men – o filme, que no longínquo ano 2000 possibilitou que os heróis de HQ se tornassem matéria de cinema.

Com um cardápio tão plural e complexo, dá para dizer que no final do mês, ao menos, o blog estará mais perto de seu intento: entreter, informar, contextualizar e cativar. Bem vindo de volta!