Robert De Niro é, mais uma vez, o astro de um filme escolhido para destaque de Cantinho do DVD. Em Estão todos bem, refilmagem do italiano Estamos todos bem, o ator vive o patriarca de uma família que precisa se reconectar. É por meio de seu personagem que esse processo terá início. De ritmo calmo e com boas intenções, o filme é uma ótima pedida para um fim de semana em família.
Crítica
Se há dois subgêneros caros ao cinema mainstream hollywoodiano são o filme família e o feel good movie. Dois exemplares que costumam pipocar nos cinemas em época de festas natalinas e de ação de graças. É o caso de Estão todos bem (Everybody´s fine, EUA 2009). A fita de Kirk Jones é um competente remake de um agradável filme italiano dirigido por Giuseppe Tornatorre em que um envelhecido Marcello Mastroianni cruza a Itália para visitar seus filhos após esses cancelarem a visita que lhe fariam. Estamos todos bem, o filme italiano, talvez seja mais sugestivo do que sua contraparte americana, mas a ideia de trocar Mastroianni por Robert De Niro, por si só, já é suficientemente curiosa.
Estão todos bem se constrói em cima do carisma de De Niro. E o faz sem comedimento. O ator, presente em quase todas as cenas, é o marcapasso das emoções que o filme suscita. Aqueles que são pais, avós, ou mesmo filhos crescidos receberão esse carinhoso filme com mais disposição. Isso justifica a opção pelo lançamento em datas mais festivas e familiares.
A história de Estão todos bem é a mesma do original. Viúvo, Frank (De Niro), precisa reaprender a se relacionar com seus filhos – todos as voltas com os espinhos da vida. Após uma mal sucedida tentativa de reuni-los em sua casa, Frank parte ao encontro dos rebentos na tentativa de descobrir se seus filhos são felizes. O pai, que se relacionava com eles através da mãe, não saberia dizer.
Estão todos bem, nessa lógica emocional, apresenta pelo menos uma cena espetacular. Quando converge o momento da redenção de todos os personagens e na qual De Niro brilha intensamente. O espectador saberá de qual cena se trata tão logo avistá-la.
A fita de Kirk Jones não é nada de fora de série, mas é aquele tipo de entretenimento impossível de desgostar. Bem feito, com atores de bom trânsito e um tema que facilita a identificação com a platéia.
Não vi o original italiano, na época em que vi a refilmagem fiquei até curiosa, mas deixei pra depois. Mas, adorei Estão todos bem. Robert De Niro nos presenteia mesmo com uma interpretação incrível. E o roteiro é muito sensível.
ResponderExcluirbjs
Amanda: acho que os dois filmes nos pegam por essa sensibilidade.
ResponderExcluirBjs