Filme pseudofilosófico
Edward Zwick dirige um casal de muita química em Amor e outras drogas, fita que obteve um par de indicações ao Globo de ouro e que Claquete explica porque é um filme que foge das convenções de gêneroÉ de se estranhar, à primeira vista, o nome de Edward Zwick como diretor de Amor e outras drogas, filme que chega esta sexta-feira (28 de janeiro) às telas de cinema do país.
Mas Amor e outras drogas, diferentemente do que o título pode sugerir (nome original providencialmente mantido pela distribuidora nacional), não é uma comédia romântica. Pelo menos não em termos convencionais. E isso ajuda a entender porque o diretor de épicos como O último samurai (2004) e Um ato de liberdade (2007) e dramas pretensiosos como Nova Iorque sitiada (1995) e Diamante de sangue (2006) se interessou pelo projeto. “É sobre pessoas as voltas com uma infinidade de questões pseudofilosóficas”, filosofou o diretor em depoimento ao site Collider.com. É por isso que Zwick optou por queimar etapas. “Escolhi Jake (Gyllenhaal) e Anne (Hathaway) porque eles já haviam provado ter química antes e isso era importante para o filme”. O diretor alude ao fato de que os protagonistas de Amor e outras drogas contracenaram (e também fizeram sexo de mentirinha) em O segredo de Brokeback Mountain.
Baseado no livro "Hard sell: a evolução de um vendedor de viagra" (não editado no Brasil), o filme mostra como Jamie Randall, um boa pinta que se desvirtuou da carreira familiar (no caso a medicina) se apaixonou, se deu bem nos negócios e teve uma epifania existencial. Não necessariamente nessa ordem.
Jamie em ação: ele sabe como vender pílulas azuis e fisgar mulheres, mas não estava preparando para os dilemas do coração
Chama a atenção em Amor e outras drogas a forma modernosa que o sexo é apresentado. O filme se passa em meados dos anos 90, quando a internet ainda era embrionária e o viagra radicalizava os ganhos da indústria farmacêutica. Os dois protagonistas, ainda que com motivações diversas, são entusiastas do sexo casual e receosos dos desmandos do coração. É do bifurcamento entre a modernidade sexual (aventada na figura da milagrosa pílula azul) e a tradicional busca pela completude no outro que Amor e outras drogas tira sua força. Zwick, emulando o vendedor convencido vivido por Jake Gyllenhaal em seu filme ainda acrescenta um dado curioso: “Ao compor as cenas de sexo, tive como referência alguns filmes como O último tango em Paris e 9 canções”. Como se fosse preciso né, Zwick?
parece ser tudo aquilo que espero... acho q pode até ser divertido
ResponderExcluirhttp://filme-do-dia.blogspot.com/
Tô tão curiosa para assistir a este filme. Gosto MUITO do Zwick, da Anne e do Jake!
ResponderExcluirÉ, essa mistura de amor com dor, viagra, sátira e realidade é que fazem deste, um filme interessante. Me surpreendeu.
ResponderExcluirbjs
Zwick em território diferente. Um filme curioso, gostei da sua crítica.
ResponderExcluirAbs.
Rodrigo
Kahlil: É divertido sim cara. Vc vai gostar! abs
ResponderExcluirKamila: Espero que vc goste. bjs
Amanda:Que bom. Eu tb gostei bastante.
Rodrigo: Essa foi só uma matéria sobre o filme Rodrigo. A crítica será publicada na segunda-feira. Abs