O homem que sustenta o mito

Já é possível apontar Michael Douglas como um mito? Ao menos do cinema? Vejamos! Filho de um lendário ator da era de ouro de Hollywood, Kirk Douglas, produtor audacioso antes mesmo de se firmar como ator (ganhou um Oscar por O estranho no ninho) e um dos primeiros famosos a aventar o conceito de “viciado em sexo”, curado pelo casamento com a bela atriz Catherine Zeta Jones. Esteve presente em alguns filmes célebres como Instinto selvagem, Atração fatal, A guerra dos Roses, Chuva negra, Meu querido presidente, Wall street – poder e cobiça e Assédio sexual. Reconhecido pela beleza, elegância e charme, por muito tempo Michael Douglas foi o James Bond americano. Se não é possível dizer que Michael Douglas é um mito, não o é por puro capricho. É lógico que o ser humano é falho e repleto de defeitos. Somos todos assim. Mas Claquete levanta a questão porque o ator aos 63 anos enfrenta uma chaga que ninguém merece enfrentar. Um câncer. Há cerca de um mês, Douglas foi diagnosticado com câncer na garganta em estágio 4. Ou seja, embora avançado, ainda é tratável. De acordo com os médicos, o ator tem 80% de se recuperar plenamente, embora haja o risco de sua voz sair debilitada do processo. O homem que sustenta o mito está lutando para que o homem continue a viver e o mito, talvez, continue em questionamento. Fica a torcida para que esse grande ator americano se recupere desse mal. Claquete exibe o vídeo de uma entrevista que o ator concedeu há uma semana e meia ao apresentador David Letterman. Uma demonstração de que é a humanidade que dá força a mitos genuínos.