“Estou confuso como todo mundo”, disse o cineasta Oliver Stone em entrevista ao jornal New York Times em maio último, quando indagado - durante um passeio por Wall street (a rua) – sobre o que achava da crise financeira deflagrada a dois anos atrás justamente naquele endereço. A entrevista em que Stone admite entender muito pouco ou “quase nada” de mercado financeiro pode ser vista no Youtube. Também disponível no Youtube, embora não na integra, está a entrevista coletiva que o diretor e o elenco de Wall street – o dinheiro nunca dorme concederam (também em maio) no último festival de Cannes.
“Michael (Douglas) e Ed Pressman (produtor do filme) vieram com a idéia em 2006, mas eu não queria celebrar aquela cultura da riqueza. Depois da crise, foi como um grande ataque cardíaco”, revelou o cineasta. “Era hora de voltar ao assunto”. Oliver Stone conta que até hoje se impressiona com o alcance de Gordon Gekko, o personagem que virou modelo para operadores do mercado financeiro. Michael Douglas se esquiva de tal responsabilidade: “Perguntam-me se me sinto culpado por ter encarnado um personagem que virou essa espécie de modelo. Claro que tudo o que aconteceu no mercado financeiro nos últimos dois anos mostrou abusos da expressão ‘a ganância é boa’ (bordão do personagem), mas, em vez de culpa, fiquei satisfeito por interpretar um vilão que as pessoas admiram. Mas Gordon Gekko ainda é um vilão? O segundo filme começa com Gekko saindo da prisão após oito anos de pena por crimes do colarinho branco. Proibido de operar ações, enquanto tenta se reconciliar com sua filha Winnie Gekko (Carey Mulligan), o ex-tubarão das finanças vive de palestras e do livro em que critica o comportamento agressivo do mercado financeiro. A aproximação entre pai e filha é intermediada por Jacob Moore (Shia Labeouf), namorado de Winnie, que é um operador financeiro. Jacob trabalha na empresa de Lou (Frank Langella), seriamente prejudicada devido a intervenções especulativas do mega investidor Bretton James (Josh Brolin). É esse o plot que trará Gordon Gekko novamente a seu habitat.
“Michael (Douglas) e Ed Pressman (produtor do filme) vieram com a idéia em 2006, mas eu não queria celebrar aquela cultura da riqueza. Depois da crise, foi como um grande ataque cardíaco”, revelou o cineasta. “Era hora de voltar ao assunto”. Oliver Stone conta que até hoje se impressiona com o alcance de Gordon Gekko, o personagem que virou modelo para operadores do mercado financeiro. Michael Douglas se esquiva de tal responsabilidade: “Perguntam-me se me sinto culpado por ter encarnado um personagem que virou essa espécie de modelo. Claro que tudo o que aconteceu no mercado financeiro nos últimos dois anos mostrou abusos da expressão ‘a ganância é boa’ (bordão do personagem), mas, em vez de culpa, fiquei satisfeito por interpretar um vilão que as pessoas admiram. Mas Gordon Gekko ainda é um vilão? O segundo filme começa com Gekko saindo da prisão após oito anos de pena por crimes do colarinho branco. Proibido de operar ações, enquanto tenta se reconciliar com sua filha Winnie Gekko (Carey Mulligan), o ex-tubarão das finanças vive de palestras e do livro em que critica o comportamento agressivo do mercado financeiro. A aproximação entre pai e filha é intermediada por Jacob Moore (Shia Labeouf), namorado de Winnie, que é um operador financeiro. Jacob trabalha na empresa de Lou (Frank Langella), seriamente prejudicada devido a intervenções especulativas do mega investidor Bretton James (Josh Brolin). É esse o plot que trará Gordon Gekko novamente a seu habitat.
A trupe no Festival de Cannes em maio: "era hora de voltar"
Oliver Stone orienta seus astros nos sets de filmagens
Michael Douglas sintetiza a razão de ser do filme: “Ficamos pensando: aqueles estudantes hoje (que viram Wall street - poder e cobiça nos cinemas) devem estar dirigindo esses bancos de investimento. A ganância virou legal. Era uma oportunidade de ir ao fundo das coisas. Gekko mudou? Você não sabe, até o final do filme.”
Com essa provocativa frase, Douglas crava o perfeito timing da produção. Na era da internet e dos pregões on-line, é de se supor que Gekko se proliferaria com muito mais volúpia. É inegável que toda a curiosidade sobre o filme gira em torno deste personagem.
Tubarão da vez: Josh Brolin, ao lado do veterano ator Eli Wallach, encarna o pior de Wall street no novo filme
Com essa provocativa frase, Douglas crava o perfeito timing da produção. Na era da internet e dos pregões on-line, é de se supor que Gekko se proliferaria com muito mais volúpia. É inegável que toda a curiosidade sobre o filme gira em torno deste personagem.
Tubarão da vez: Josh Brolin, ao lado do veterano ator Eli Wallach, encarna o pior de Wall street no novo filme
Acertando os ponteiros
Wall street – o dinheiro nunca dorme foi anunciado no ano passado. A principio, o papel do ‘Gordon Gekko atual, mas consideravelmente menos charmoso’ seria de Javier Bardem. O ator espanhol saiu da produção em cima da hora (devido a conflitos de agenda com Comer,rezar e amar que já estava em ritmo de gravações) e foi substituído por Josh Brolin, que já havia sido George W.Bush para Oliver Stone em W. O fato de Brolin viver um bom momento só agregou valor a produção. Outra que já estava no elenco de O dinheiro nunca dorme e viu seu passe se valorizar no começo do ano foi Carey Mulligan, indicada ao Oscar de melhor atriz por Educação. Além disso, Michael Douglas tem a companhia de Susan Sarandon, Frank Langella, Shia Labeouf e Charlie Sheen que faz uma participação especial para ajustar as perspectivas. Mas, afinal, o que esperar desse segundo filme? “Um Gordon Gekko mais vulnerável”, afirma Josh Brolin. Se isso é bom ou ruim, rememoremos Michael Douglas: “você não sabe. Até o final do filme”.
Wall street – o dinheiro nunca dorme foi anunciado no ano passado. A principio, o papel do ‘Gordon Gekko atual, mas consideravelmente menos charmoso’ seria de Javier Bardem. O ator espanhol saiu da produção em cima da hora (devido a conflitos de agenda com Comer,rezar e amar que já estava em ritmo de gravações) e foi substituído por Josh Brolin, que já havia sido George W.Bush para Oliver Stone em W. O fato de Brolin viver um bom momento só agregou valor a produção. Outra que já estava no elenco de O dinheiro nunca dorme e viu seu passe se valorizar no começo do ano foi Carey Mulligan, indicada ao Oscar de melhor atriz por Educação. Além disso, Michael Douglas tem a companhia de Susan Sarandon, Frank Langella, Shia Labeouf e Charlie Sheen que faz uma participação especial para ajustar as perspectivas. Mas, afinal, o que esperar desse segundo filme? “Um Gordon Gekko mais vulnerável”, afirma Josh Brolin. Se isso é bom ou ruim, rememoremos Michael Douglas: “você não sabe. Até o final do filme”.
Fera ferida: Será Gordon Gekko o mesmo capitalista indomável de outrora?
Estou doido pra ver! Queria assistir o primeiro de novo antes da estreia, mas não consegui encontrar nos sites de download... Espero uma continuação digna do que foi o original.
ResponderExcluirCultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Confesso que não tenho a mínima expectativa em relação a esta obra, até porque faz tempo que Oliver Stone não faz um filme decente, mas assistirei!
ResponderExcluirEu estou bem animada qto ao filme, e até agora só vi críticas positivas. Acho q apesar de ter passado um pouquinho da hora - as economias já começam a se recuperar da crise de 2008 - o tema ainda tem bastante pertinência.
ResponderExcluirPseudo-autor: Vc tem que ver o primeiro filme. É muito bom! abs
ResponderExcluirKamila:Já eu tenho boas expectativas. Creio que será com esse filme que Stone retomará o bom caminho. Bjs
Aline:Esse é o tipo de tema que é sempre pertinente. Embor nada vá superar o frisson causado pelo primeiro Wall street. Bjs