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domingo, 29 de agosto de 2010

Crítica - O último mestre do ar

Inferno das boas intenções!

M. Night Shyamalan parece destinado a não repetir o sucesso de outrora. O último mestre do ar (The last airbender, EUA 2010) não é um filme de M.Night Shyamalan e essa afirmação diz praticamente tudo que é preciso ser dito. O filme, adaptação do desenho de sucesso Avatar (exibido tanto no Brasil quanto nos EUA pelo canal Nickelodeon), é, a priori, uma produção voltada para o público infantil. Contudo, é difícil crer que o filme consiga cativar esse público. Shyamalan falha no desenvolvimento da história; seu filme resulta pálido, sem personalidade e, muitas das vezes, cansativo.
O mundo de O último mestre do ar é dividido em quatro nações. Cada uma responsável por um elemento: fogo, água, ar e terra. Cabe ao Avatar, que andara sumido pelos últimos 100 anos, zelar pelo equilíbrio entre as nações. Com o sumiço do Avatar, a nação do fogo insurgiu contra as demais, provocando uma guerra sem precedentes.
O filme começa com o retorno do Avatar (interpretado pelo novato Noah Ringer) e a necessidade dele assumir seu posto de guardião da raça humana.

Shyamalan e seu avatar: ainda não foi dessa vez...

Shyamalan, que sempre teve um conceito visual apurado, até cria boas imagens, mas falha em fazer delas suficientemente cativantes. Algo que seria crucial em uma história como a que se conta e com a finalidade que se tem: criar uma franquia tão atraente quanto Harry Potter ou Avatar de James Cameron.
É preciso louvar, no entanto, a contenção de Shyamalan. Embora algumas de suas características narrativas estejam presentes e mais bem inseridas à trama (caso do uso beligerante da cor vermelha e da água), ele renuncia a certos paradigmas de seu cinema (suas aparições a la Hitchcock, por exemplo). De qualquer maneira, O último mestre do ar não funciona. Falha no humor, falha em um clímax que não desperta euforia e falha em provocar ansiedade pelo segundo filme. Prova cabal e definitiva de que Shyamalan, embora tenha se experimentado (o que é digno de nota), continua a padecer no inferno das boas intenções.

4 comentários:

  1. Sabe, estou até com dó de Shymalan, rs, pois pelo que me parece a carreira dele desceu ladeira a baixo e vai ser muito difícil ele conseguir se reerguer. Ainda não vi este longa, mais vou ver em DVD, tenho curiosidade....o desenho é muito bacana!
    Uma pena que o filme não é tão bom assim...Uma pena que Shymalan se perdeu!

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  2. Só discordo de uma coisa, quando você fala em não atingir o público alvo. Teoricamente eles viram a série, então, a história não fica massante, é o resumo de uma temporada inteira com 20 episódios, e é possível um reconhecimento mesmo que de um rascunho, daquilo que eles são fãs. Fica uma frustação porque poderia ser muito melhor, mas não chega a ser massante.
    .
    O clímax é fraco porque o envolvimento é raso, uma sensação de introdução a algo que virá. Na verdade, aquela cena funciona mais como um ponto de ataque do que um clímax. Ainda assim, tem belas cenas e eu gostaria de ver o restante na tela.

    bjs

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  3. Alan:Acho que ele está se reeguendo Alan. A diferença, é que não é bem da maneira como a gente imagina... Ele vai fazer filmes de estúdio agora. Vai ser bom para lhe dar perspectiva. Agora, não sei se vai rolar um segundo O último mestre do ar... abs

    Amanda: Penso diferente de vc aí. Não parto do pressuposto de que toda a criança é fã do desenho. Até pq o fã do desenho não precisa ser necessariamente criança. É como vc disse, não chega a ser algo massante, mas só de aventarmos essa palavra como referencial já demonstra a falha capital de Shyamalan em seduzir sua platéia. Enfim, não colou.
    Bjs

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  4. ai gente tambem não é assim fui com meu filho de 12 anos e 6 anos e gostaram muito eu tambem principalmente ,das formas com que fasem para lutar legal

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