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terça-feira, 13 de julho de 2010

ESPECIAL ENCONTRO EXPLOSIVO - Perfil: James Mangold

Um diretor acima de qualquer suspeita

Ele tem 47 anos. Já dirigiu grandes astros como Russel Crowe, Reese Withespoon, Hugh Jackman, Meg Ryan, Christian Bale, Angelina Jolie, Robert DeNiro e Sylvester Stallone, mas você provavelmente não o conhece. O nova-iorquino James Mangold está longe de representar a grife de nomes como Steven Spielberg, Christopher Nolan e Martin Scorsese, mas é tão eficiente quanto. Já dirigiu dramas calcados em personagens reais, como o elogiado Johnny & June sobre a vida e a obra de Johnny Cash. Esteve a frente da comédia romântica mais nostálgica dos últimos anos, Kate & Leopold, em que colocou o Wolverine Hugh Jackman em trajes de lorde inglês. Mangold mostrou verve narrativa e senso de história do cinema no remake do clássico Galante e sanguinário, intitulado Os indomáveis, em que opunha os astros Russel Crowe e Christian Bale em um tradicional e denso western americano. Mas Mangold já dirigiu um tenso drama passado em um sanatório (Garota interrompida), um policial cheio de conteúdo (Cop Land), um suspense de contornos psicológicos (Identidade) e agora lança uma comédia de ação, Encontro explosivo, seu primeiro blockbuster assumido. Curiosamente, seu mais recente filme se encaminha para sagra-se seu primeiro fracasso comercial.

Mangold junto com a equipe e os globos de ouro de Johnny & June

Mangold começou escrevendo roteiros para a TV, sua estréia no cinema foi com o independente Paixão muda, estrelado por Liv Tyler. Mangold escreveu e roteirizou o filme. O filme agradou e logo ele encaixou outro projeto independente. Um filme que atraiu astros do quilate de Robert DeNiro, Harvey Keitel e Sylvester Stallone. Cop Land era um filme que mostrava uma cidade repleta de policiais. Acontece que tratava-se de uma cidade repleta de policiais corruptos e o xerife, papel de Stallone, era o único honesto deles. Depois da boa recepção de Cop Land, o diretor engatou outro projeto independente. Garota interrompida trazia uma Angelina Jolie pré-fama e uma Winona Ryder pré- problemas com a justiça em momentos inspirados. Um filme sobre auto-descobrimento e força de espírito. Após ir ao Oscar, com a indicação por roteiro e para sua atriz coadjuvante (Angelina Jolie), as ofertas começaram a surgir. O primeiro projeto de estúdio de Mangold foi Kate & Leopold. O próprio escreveu e dirigiu para a Buena Vista, braço de produções de médio orçamento da Disney. A partir de então, média de um filme a cada dois anos. Mangold também se arriscou na TV, tentando firmar-se como grife na seara de onde veio. A série Men in trees, que produziu e dirigiu o piloto, no entanto, não deu certo.
Com Encontro explosivo, o diretor avança no sentido do marketing pessoal. Faz um filme grande, com dois astros de ponta, na época mais movimentada do cinema ianque. Contudo, apesar de sua versatilidade, Mangold ainda agoniza entre o status de diretor de estúdio e diretor independente. Não conseguiu se firmar nem como um nem como outro. De qualquer jeito, está envolvido em 10 projetos para o futuro. Seja como diretor, como produtor ou como roteirista. Status, no final das contas, é só status.

5 comentários:

  1. De todos os filmes que ele dirigiu o meu favorito é Johnny & June, mas isso não significa que seja o melhor, Garota Interrompida ganhas neste aspecto.
    Ele é bem versátil, mas acho que ele ainda não se encontrou no cinema, assunto pelo qual você até citou no seu post.
    Estou na torcida para que Encontro Explosivo dê certo, sei lá, não vi o filme mais gosto dele, simpatizei, rs

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  2. Acho que "Encontro Explosivo" é daqueles pipocões bons para distrair. Espero que seja pelo menos isso, estou torcendo. Do Mangold, também gosto de "Johnny & June" e de "Os Indomáveis".

    Beijos! ;)

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  3. Caramba
    Ele é versáil, não fica dirigindo só um tipo de filme
    Esse com certeza foi o mais caro que ele já fez, é corajoso !!!

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  4. Olá Reinaldo!

    Gostei muito do seu blog, fui apresentado a ele através da Madame "Dietrich" Lumière com aquela deliciosa entrevista!

    Está marcado na minha claquete, rs!

    Muito bem..quanto ao James Mangold, eu acho ele um eficiente artesão do cinema, parecido com William Wyler, que nao faz muita questão de ser reconhecido de nome, embora acho isso um pecado!

    Seus filmes são bons, alguns irrelulares como 'Kate & Leopold' e 'Identidade' (na minha opinião, mas assistíveis) e filmaços como 'Os Indomáveis' (me fez rever Sergio Leone) e 'Garota interrompida', que isso né? rs! O cara é bom!

    Talvez para os americanos, este estilo de 'Encontro Explosivo' já esteja saturado, o lance agora é moças virgens apaixonadas, vampiros sobre a luz do dia e lobisomens sem camisa e lisinhos, rs!

    Eu to meio ancioso pra ver este encontro de ação, vi o trailer e algumas cenas divertidíssimas! Minha avó é fã apaixonada pelo Cruise, rs! E eu acho a Diaz muito simpática!

    Vale o ingresso e a pipoca. Essa me parece ser a idéia.

    Abs,
    Rodrigo
    http://cinemarodrigo.blogspot.com/

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  5. Alan: Acho Johnny & June um filme cheio de problemas, mas ainda é o principal em sua filmografia...

    Mayara: Meus preferidos dele são pela ordem: Os indomáveis, Kate & Leopold e Garota interrmpida. bjs

    Marcelo. Isso mesmo. ele pega pela versatilidade. Abs

    Rodrigo: Pois é, Mangold ainda carece de uma identidade mais forte no cinema. Concordo com vc quanto a Os indomáveis, que bom que achei alguém que identifica Leone ali...
    Agora, acho Kate & Leopold super charmoso. Não vejo essa irregularidade aí não.
    Quanto a Encontro explosivo a platéia emite sinais de já estar saturada de comédias de ação estreladas por astros. Depois de Caçador de recompensas, Sr. e Sra. Smith e outros congêneres...
    Aproveito para agradecer as gentis palavras Rodrigo. Volte sempre. Será super bem vindo.
    Grande abraço!

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