Um filme feminino
O primeiro filme da mostra competitiva a ser exibido em Cannes foi o francês Tournée, quarto longa metragem dirigido por Mathieu Amalric (visto recentemente como o vilão de 007 Quantum of Solace). O filme que acompanha uma companhia de artistas burlescos tenta, nas palavras de seu diretor, resgatar o sentido do feminino. Para ele, o burlesco (show que envolve números de dança e figurinos extravagantes) é uma forma de afirmação sexual da mulher. O filme foi recebido friamente pela imprensa.
O ator e diretor Amalric entre as performers que estrelam seu filme e que o acompanharam na premiere hoje à tarde na França
Para a critica já surge o primeiro favorito
O chinês Chongqing Blues de Wang Xiaoshuai desponta como favorito em Cannes. A história de um homem que abandona a família para constituir outra e uma década depois fica sabendo do assassinato de seu primogênito arrebatou a crítica do festival francês. A Variety lembrou que Xiaoshuai já ganhou um prêmio do júri na França em 2005 por Sonhos com Xangai.
Ainda sobre Robin Hood
O filme não agradou mesmo e coube ao elenco manusear a má impressão na coletiva de imprensa. A australiana Cate Blanchet por sinal se saiu muito bem de uma pergunta de um jornalista francês descontente com a forma como os franceses foram retratados no longa. Cate mandou a seguinte: Acho que os ingleses saíram mais chamuscados do que os franceses no filme”.
Por Polanski
Cineastas presentes em Cannes escreveram um manifesto pela libertação de Roman Polanski. Os conterrâneos Jean Luc Godard, Mathieu Amalric e Xavier Beauvois estiveram a frente da iniciativa. O manifesto não tem nenhum vínculo oficial com o festival, mas o fato de ser assinado por três diretores franceses presentes no evento causa certa comoção.
Um dos mais esperados
Será exibido neste fim de semana na mostra Um certo olhar o filme independente americano Blue valentine. A fita já teve repercussão positiva no festival de Sundance no início do ano e é apontada como uma das grandes produções do ano. Claquete apresenta um pequeno clipe do filme estrelado por Ryan Gosling e Michelle Williams.
Fiquei interessado por esse Tornée... me parece ter um enredo interessante...
ResponderExcluirFiquei com "a pulga atrás da orelha" sobre o Tournée. Ele quer resgatar o feminino com o burlesco, que é uma forma de reafirmar a sexualidade feminina? Parece-me tão distante da imagem do feminino que eu tenho (mais baseada na psicanálise) e muito mais fundamentada no psíquico, no desejo, nas representações da alma feminina. Se ele usar muito o burlesco, acho que pode ficar caricato e apelativo para o caráter sexual da mulher. O feminino não é só isso, enfim, melhor eu esperar o filme pois a pulga tá me coçando demais, rs!
ResponderExcluirSobre Robin Hood, será que Cannes não gostou porque os Franceses foram vencidos no filme? Eu assisti o filme e vou revisá-lo em breve, mas de antemão, acho que o problema do filme é que ele não inova em recursos que Scott já utilizou em filmes prévios. No geral, não o achei ruim pois sempre é muito bom ver Crowe e Blanchet na tela.
Bjs
Bjs
Fernando: Tb achei. ABS
ResponderExcluirMadame:Quanto a Tournée, lembre-se que a critica recebeu o filme com reservas. Talvez justamente por isso. Acho simplório reduzir a afirmação feminina a uma atitude extravagante. Vamos aguardar o filme e tirar nossas próprias conclusões.
Já Robin Hood, acredito que não tenham gostado do filme justamente por esse aspecto da repetição. Scoot ficou tão deslumbrado com o que significou Gladiador para sua carreira e para o cinema que decidiu revisitá-lo. Imagino que seja isso. Ainda vou ver o filme, mas pelo trailer dá para sentir o "DNA" de Gladiador em Robin Hood.
Bjs