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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Critica - Uma noite fora de série

Um filme que honra sua proposta

É preciso julgar um filme por sua proposta e pela forma como a mesma foi desenvolvida. As expectativas do julgador e do público para quem ele se dirige devem ser mantidas a distância. Consideradas, mas não proeminentes. Essa pequena contextualição sobre o ofício da crítica (algo que parece óbvio, mas que poucos conseguem executar com a eficiência e sofisticação inerentes) se faz necessária como introdução a apreciação de Uma noite fora de série (Date night, EUA 2010).
O filme que mostra um casal às voltas com uma rotina massacrante e exaustiva que, justo na noite que resolvem fugir à rotina, se envolvem em uma aventura cheia de perigos não traz nada de novo. A proposta do filme? Colocar dois dos comediantes mais bem sucedidos da atualidade, com berço na TV americana, para juntos brilharem. Nesse sentido, Uma noite fora de série é muitíssimo bem sucedido. A química de Steve Carell (da série The Office) e Tina Fey (criadora e protagonista de 30th rock) que já era apurada, conforme demonstrado por aparições da dupla em premiações e programas especiais, aqui está em ebulição.
Tina Fey, Steve Carell e um descamisado Mark Wahlberg: uma das melhores piadas do filme


A idéia de colocá-los juntos em um longa metragem era algo que parecia questão de tempo.
Coube ao diretor Shawn Levy (responsável por algumas das comédias mais bem sucedidas dos últimos anos) orquestrar o show destes dois. Levy, sabiamente, se afasta de qualquer responsabilidade e deixa seus atores no comando. O roteiro é fraco e esburacado, mas com Carell e Fey em ótima forma, isso não chega a ser um problema. As piadas, mesmo as mais manjadas, funcionam bem e o filme entretém. No final das contas, essa era a proposta.

6 comentários:

  1. Cara não verei esse filme no cinema, acho que não compensa ver esse tipo de comédia no cinema. Só se no momento não tiver passando nada melhor...
    Mais eu quero ver quando sair em DVD ! xD

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  2. Eu ainda não vi esse filme, mas espero que em breve o veja pois gosto muito do Steve Carell. Tenho por ele o mesmo carisma que sinto por Ben Stiller.

    Gostei de você ter recortado seu texto falando sobre a questão de avaliar a proposta de um filme antes de criticá-lo injustamente. Concordo plenamente com você porque muitas vezes o filme é massacrado, em especial, pelos pseudointelectuais porque não é um filme "cult" ou um grande blockbuster, mas o fato é que há de contextualizar o porquê que o filme existe e foi filmado para ser aquilo.

    Beijo,

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  3. Ainda não assisti e apesar de todas as críticas que li até agora não serem muito favoráveis, ainda quero ver. Gosto das coisas que Tina Fey faz e portanto pretendo ver.

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  4. Alan:Vc vai gostar do filme Alan. Em DVD ou na sala de cinema. ABS

    Madame:Tb gosto muito do Carrel madame. Acho-oum ator melhor do que Stiller. E é um comediante mais arejado tb. Obrigado pelos elogios em relação a contextualização da crítica. Senti-me obrigado a fazê-lo porque andei lendo muita m... por aí.
    Bjs

    Fernando: Como disse na crítica Fernando. Não vejo como uma crítica isenta e bem fundamentada ser desfavorável ao filme. Dois pesos duas medidas...
    ABS

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  5. É isso, Reinaldo, por isso que gosto de vir aqui no Claquete, gosto da sua justiça e bom senso como cinéfilo. beijinho

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