Ilha do medo, o mais novo filme de Martin Scorsese, estreou esse fim de semana no Brasil. E ao contrário do que aconteceu nos EUA, onde o filme foi recebido de maneira morna pela critica, a critica brasileira se deslumbrou com a nova obra de Scorsese. E o filme gera discussões e interpretações acaloradas. Todas convergem para a extrema admiração do trabalho de Scorsese e sua equipe. A critica de Claquete, o leitor pode conferir no post abaixo. Nesse post, o intuito é destacar análises divergentes que ressaltam as muitas qualidades e nuanças do trabalho de Scorsese e que ajudam ao leitor a entender e, em alguns casos, desvendar a obra de arte que Scorsese fez.
1- O critico da Folha Inácio Araújo, um dos mais respeitados e perspicazes da critica de cinema nacional, escreveu em seu blog sobre o filme de Scorsese. Como não poderia ser diferente, o critico contextualiza o filme dentro da obra do cineasta e do cinema como um todo. Busca fragmentar seu discurso e suas intenções. Araújo ainda destaca o poder que o filme se reveste ao trabalhar com dualidades em nossa percepção sensorial. Escreveu o critico:
"Porque o cinema é a própria ilusão. O cinema clássico não se propõe como um sonho socializado? Pois bem, aí está: Martin Scorsese reproduz a estrutura do sonho como não me lembro de ter visto alguém fazer antes (o Resnais, talvez, mas tenho a impressão de que isso é marginal no cinema dele, é a narrativa em si que ele toma como questão).
Ele não reproduz um sonho para depois nos dizer: "toma, isso é apenas cinema, pode acordar, vai para a vida".
Ele nos atira no sonho de tal maneira que toda a nossa percepção da realidade parece fraturada, fragilizada.
E nossa crença nas imagens de cinema sai, curiosamente, abalada e revigorada, ao mesmo tempo. "
2 - Pablo Villaça, proeminente critico brasileiro do site Cinema em cena, também escreveu em seu blog sobre o novo filme de Scorsese. Villaça preferiu recapitular as sutilezas narrativas do filme. As pistas, os truques de imagem, as opções de ângulos e a concepção visual da fita. De qualquer maneira, o critico enaltece o trabalho de Scorsese, capturando um verdadeiro arsenal de artimanhas narrativas que podem ter escapado ao espectador. Escreveu o critico:
"Contando com um design de produção hábil em estabelecer o clima ameaçador e claustrofóbico exigido pelo roteiro, Ilha do Medo é mergulhado em uma paleta triste e sufocante desde o início, quando os agentes vividos por DiCaprio e Ruffalo surgem vestindo roupas de tons escuros e arenosos"
Quem quiser ler a integra das criticas, seguem os links abaixo:
critica de Inácio Araújo
critica de Pablo Villaça
Achei o filme uma porcaria! Poderia ter sido tão bom, pelos atores e diretor. É um esqueminha nada original!
ResponderExcluirEsperava-se um filme de ação e não melancolia, do início ao fim. Surpreendeu pelo desfecho, mas nada assim, absurdamente sensacional. Aliás, de sensacional, só mesmo a atuação de Di Caprio e Ruffalo.
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