Esse ano, três filmes disputam a coroa de independente do ano. E os três, ironia máxima, devem angariar indicações por roteiro. Preciosa, Guerra ao terror e 500 dias com ela tiveram trajetórias bem diferentes, mas chegam às vésperas das indicações ao Oscar com boas chances de garantirem lugar na posteridade como o fizeram os outros filmes independentes acima.
O filme do coração de todo mundo
Aquele menos afeito ao gosto da acadêmia, e que justamente por isso não alimenta grandes ambições, é 500 dias com ela. O filme de Marc Webb é uma comédia romântica agridoce. Tem a mesma verve dos filmes que popularizaram Richard Linklater no cinema cult alternativo, Antes do amanhecer e Antes do pôr do sol. É um filme com roteiro engenhoso e aí está justamente sua chance de ser lembrado pela acadêmia. 500 dias com ela também tem o diferencial de ter sido o filme mais visto dos três. O que mais cativou a platéia e o único dos três que poderia ser lembrado no futuro mesmo sem a anuência do Oscar.
O filme que te assombra
Preciosa é, por conjuntura, o filme que mereceria a pecha de independente do ano. Foi o que teve menos verba dos três. Para viabilizar o projeto, o diretor e produtor Lee Daniels precisou recorrer a amigos, a cantora Mariah Carey, que faz uma pequena participação no filme, o cantor Lenny Kravitz, outro que faz uma ponta e as personalidades negras americanas Oprah Winfrey e Tyler Perry, diretor de filmes para a comunidade negra, que atuaram como produtores executivos da fita. Preciosa começou sua carreira vencendo o festival de Sundance de 2009. O filme seguiu sua carreira vitoriosa por outros festivais e tem sido lembrado em premiações nessa temporada. Foi indicado ao Globo de ouro, ao SAG, ao PGA, ao DGA, ao WGA e ao Bafta. O oscar é questão de tempo. Preciosa mostra a história de uma adolescente obesa, negra, analfabeta e abusada sexualmente pelo pai e moralmente pela mãe. Um filme que assombra para mostrar o valor da vida. Um discurso poderoso que se ajusta ao gosto da academia.
A guerra sempre tem vez
Mas o independente do ano, por força das circunstâncias, é Guerra ao terror. O filme que não é de guerra propriamente dito, mas sobre os efeitos dela nos homens destacados para dar lhe corpo, foi descoberto pela critica tardiamente. Contudo, depois de levar os prêmios do Critic´s choice awards e do PGA, além de obter indicações a todos os prêmios que Preciosa obteve, Guerra ao terror se estabelece como o filme independente do ano. Mesmo que todos vão ao Oscar, será sobre esse filme que todo mundo pousará os olhos.
E The Hurt Locker venceu o DGA nesse sábado! o filme está realmente "poderoso" nas premiações.
ResponderExcluirEu sonhei com Avatar ganhando algum prêmio, ai eu fico pensando se estão premiando tanto The Hurt Locker para dar o Oscar a Avatar.
Mas por que eu fui sonhar com Avatar? ¬¬
Coisa estranha!
É verdade Raphael, pq vc foi sonhar com Avatar? rsrs
ResponderExcluirA categoria de direção agora ficou bem encaminhada, mas na disputa por melhor filme, a briga continua indefinida. Avatar tem sim um certo favoritismo, mas isso não quer dizer muita coisa em um Oscar que se pretende vangardista. ABS
Concluí que meu coração é independente e olha que eu não sou São Paulina rsrs. bjs!
ResponderExcluirÓtima essa madame. Bjs
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