Sinopse:
Em uma noite aparentemente tranquila, o taxista Max (Jamie Foxx) encontra Vincent (Tom Cruise), um homem que pega o táxi como se fosse um passageiro qualquer. Porém Vincent é um assassino de aluguel, que está na cidade a serviço de um cartel do narcotráfico, cujo líder está prestes a ser condenado por um júri federal. Vincent precisa matar 5 testemunhas-chave do processo e conta com Max para fugir da polícia local e do FBI, logo após cometer os assassinatos. Obrigado a seguir as ordens de Vincent, Max precisa ainda lidar com a possibilidade de ser morto por seu passageiro a qualquer momento.
Comentário:
Comentário:
A fita de Michael Mann, um cineasta que enquadra o crime e seu status quo como poucos no cinema, é um triunfo sob muitos aspectos. Desde a realização extraordinária (atentando a detalhes técnicos como a Los Angeles fotografada em tons de cinza granulado, a urgência da câmera, a crueza das imagens) até metáforas sutis (como o atropelamento de um cervo em plena noite de Los Angeles, uma selva urbana?).
Vincent é um personagem marcante. A frieza do personagem de Tom Cruise é impactante, mas o comentário de Mann é mais aterrorizante ainda, o assassino de Colateral encara esta atividade como qualquer outro trabalho. A forma “profissional” como Vincent age assusta principalmente quando contrastada com o insuspeito Max (a platéia). O filme de Mann tem muitas camadas, mas é a luz que joga sobre a banalidade que é para alguns, cometer atos de tamanha hediondez que faz de Colateral um filme único.
Prêmios:
2 indicações ao Oscar (montagem e ator coadjuvante); 1 indicação ao globo de ouro (ator coadjuvante); 6 indicações ao Bafta e 1 vitória (fotografia); 2 indicações ao Critic´s choice awards (filme e ator coadjuvante); prêmio da critica de Los Angeles de melhor montagem e fotografia; prêmio do National Board of Review de direção; 4 prêmios da critica de Washington (filme, direção, ator coadjuvante e fotografia)
Curiosidades:
- Na primeira versão do roteiro, a ação se passava em Nova Iorque, Michael Mann quando assumiu a direção do filme impôs a mudança de cidade
- Russel Crowe estava ligado a produção (ele viveria o personagem Vincent) até a chegada de Michael Mann. Não há nada que indique, no entanto, que uma coisa tem a ver com a outra. A justificativa oficial foi de incompatibilidade de agendas (entre a agenda de Russel e do cronograma de filmagens)
- Esse foi o último filme que Michael Mann utilizou 35 mm e película. 80% das imagens já foram capturadas com câmera digital. Em seu filme seguinte, Miami Vice, 100% das imagens seriam capturadas com câmera digital
- Foi por esse papel que Jamie Foxx foi alçado definitivamente a fama. No Oscar de 2005 o ator concorreu duplamente ao prêmio, como ator por Ray e ator coadjuvante por este filme. Desde Al Pacino, em 1993, um ator não recebia duas indicações ao Oscar no mesmo ano.
- O diretor Fernando Meirelles recebeu um convite para dirigir o filme. Recusou. Sua estréia em Hollywood se daria no ano seguinte com O jardineiro fiel. Hoje Meirelles admite que foi bom recusar o convite, com ele o filme teria saído totalmente diferente (mais dramático) e que ele gostou da visão de Mann
- Os atores Jason Stathan e Javier Bardem fazem rápidas aparições no filme como contatos de Vincent
- Essa foi a segunda colaboração de Jamie Foxx com o cineasta Michael Mann. Eles também se reuniram para fazer Ali (2001), biografia do pugilista Cassius Clay e Miami Vice (2006), adaptação da série de mesmo nome, que também era produzida por Mann.
Ficha técnica:
título original:Collateral
gênero:Ficção
duração:01 hs 56 min
ano de lançamento:2004
estúdio:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / Edge City LLC / Parkes/MacDonald Productions
distribuidora:DreamWorks/ Paramount Pictures / UIP
direção: Michael Mann
roteiro:Stuart Beattie
produção:Michael Mann e Julie Richardson
música:James Newton Howard
fotografia:Dion Beebe e Paul Cameron
direção de arte:Daniel T. Dorrance
figurino:Jeffrey Kurland
edição:Jim Miller e Paul Rubell
Vincent é um personagem marcante. A frieza do personagem de Tom Cruise é impactante, mas o comentário de Mann é mais aterrorizante ainda, o assassino de Colateral encara esta atividade como qualquer outro trabalho. A forma “profissional” como Vincent age assusta principalmente quando contrastada com o insuspeito Max (a platéia). O filme de Mann tem muitas camadas, mas é a luz que joga sobre a banalidade que é para alguns, cometer atos de tamanha hediondez que faz de Colateral um filme único.
Prêmios:
2 indicações ao Oscar (montagem e ator coadjuvante); 1 indicação ao globo de ouro (ator coadjuvante); 6 indicações ao Bafta e 1 vitória (fotografia); 2 indicações ao Critic´s choice awards (filme e ator coadjuvante); prêmio da critica de Los Angeles de melhor montagem e fotografia; prêmio do National Board of Review de direção; 4 prêmios da critica de Washington (filme, direção, ator coadjuvante e fotografia)
Curiosidades:
- Na primeira versão do roteiro, a ação se passava em Nova Iorque, Michael Mann quando assumiu a direção do filme impôs a mudança de cidade
- Russel Crowe estava ligado a produção (ele viveria o personagem Vincent) até a chegada de Michael Mann. Não há nada que indique, no entanto, que uma coisa tem a ver com a outra. A justificativa oficial foi de incompatibilidade de agendas (entre a agenda de Russel e do cronograma de filmagens)
- Esse foi o último filme que Michael Mann utilizou 35 mm e película. 80% das imagens já foram capturadas com câmera digital. Em seu filme seguinte, Miami Vice, 100% das imagens seriam capturadas com câmera digital
- Foi por esse papel que Jamie Foxx foi alçado definitivamente a fama. No Oscar de 2005 o ator concorreu duplamente ao prêmio, como ator por Ray e ator coadjuvante por este filme. Desde Al Pacino, em 1993, um ator não recebia duas indicações ao Oscar no mesmo ano.
- O diretor Fernando Meirelles recebeu um convite para dirigir o filme. Recusou. Sua estréia em Hollywood se daria no ano seguinte com O jardineiro fiel. Hoje Meirelles admite que foi bom recusar o convite, com ele o filme teria saído totalmente diferente (mais dramático) e que ele gostou da visão de Mann
- Os atores Jason Stathan e Javier Bardem fazem rápidas aparições no filme como contatos de Vincent
- Essa foi a segunda colaboração de Jamie Foxx com o cineasta Michael Mann. Eles também se reuniram para fazer Ali (2001), biografia do pugilista Cassius Clay e Miami Vice (2006), adaptação da série de mesmo nome, que também era produzida por Mann.
Ficha técnica:
título original:Collateral
gênero:Ficção
duração:01 hs 56 min
ano de lançamento:2004
estúdio:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / Edge City LLC / Parkes/MacDonald Productions
distribuidora:DreamWorks/ Paramount Pictures / UIP
direção: Michael Mann
roteiro:Stuart Beattie
produção:Michael Mann e Julie Richardson
música:James Newton Howard
fotografia:Dion Beebe e Paul Cameron
direção de arte:Daniel T. Dorrance
figurino:Jeffrey Kurland
edição:Jim Miller e Paul Rubell
elenco: Tom Cruise,Jada Pinkett Smith, Mark Rufallo e Jamie Foxx
Fonte: arquivo pessoal
Fonte: arquivo pessoal
Esse aí é o último bom filme do Tom Cruise junto com "Operação Valquíria". Achei interessante vê-lo num papel mais difícil, num perfil que não estamos acostumados a vê-lo. Pena que ele foi totalmente ofuscado por um excelente Jamie Foxx, que me chama a atenção justamente por não estar fazendo aqueles cacoetes normais dele.
ResponderExcluirOi Reinaldo!
ResponderExcluirSumi nesta semana por causa do trabalho. Minha sala ta sendo reformada e por conta disso, fiquei sem computador. Amanhã ele estará de volta. E na minha casa, como minha sobrinha ta em fase de provas e o pc fica no quarto dela, não deu para usar, pois ela teve de estudar.
Mas, vamos falar um pouquinho sobre seus ótimos textos:
1) Avatar ja chegou a marca de 1 milhão hein. Se é questionável ou não, naõ sei. O fato é que o filme ta fazendo sucesso mundo afora e acredito que depois de ganhar algum prêmio ele ganhe mais dinheiro ainda. É aguardar e conferir.
2) Seus comentários sobre os indicados ao oscar está muito bom. Inclusive, o texto que escrevi sobre a temporada de prêmios em Hollywwod foi inspirado em seus textos e comentários.
3) Não vi "sangue negro", mas ja anotei em minha lista de filmes a serem vistos.
4) Seus comentários sobre o sindicato dos produtores está bem interessante. Achei estranho demais e incoerente "Star trek" tirar a vaga de "500 dias com ela". Embora seja fã da série, não acredito que seja melhor que 500. E olha, "up" com certeza deverá estar entre os finalistas, pois o desenho e lindo e merece ser indicado. Quanto a ganhar fora de cogitação. Mas, ser indicado já [e uma vitória.
5) Amei o especial sobre Robert Dowey Junior. Sou fã desta ator e fico feliz em saber que o cara tomou juízo e deu a volta por cima. Ele é talentoso demais. Seria muita burrice de sua parte se ele desperdiçasse seu talento.
6) Também adorei seu especial sobre Sandra Bullock. Gosto dela e a considero uma atriz muito talentosa. No entanto, discordo do prêmio de melhor atriz que ela ganhou. Ela é boa, mas outras se sairam melhor do que ela na última década. Nicole Kidman em minha opinião, pelo menos é uma das que me vem a mente agora, foi melhor do que ela. Mas, estou torcendo para ela ganhar o oscar de melhor atriz. Agora é a sua vez.
ResponderExcluir7) Então, teremos um novo 007 e dessa vez dirigido pelo Sam Mendes. Reinaldo vou falar francamente, eu simplesmente detesto os filmes da série 007. De Sean Connery a Daniel Craig, para mim nenhum deles é bom. Esta é uma opinião bem pessoal.
8) Madoona como atriz é uma ótima cantora. Ela é ruim demais. Ah, deixa eu falar uma coisa. Na semana passada comentava com vc que desconhecia o Guy Ritchie, pois nunca havia visto um de seus filmes. Coincidemente passou na tv a cabo um de seus filmes "destino insólito" e por curiosidade eu vi. Reinaldo, que filme chato e M então, meu Deus, eu se fosse ela teria vergonha de pagar aquele mico. Uma catástrofe. Ruim demais. Álem deste, o canal que não me lembro qual, anunciou que irá passar um tal de "Rocknrolla". Este aqui parece bom. Depois vou tentar descobrir o canal e se der ver. Enfim, se levar em consideração o filme que vi ele foi reprovado. Mas, como ele é um ser humano, as vezes erramos. Isso não quer dizer que ele não possa acertar na próxima vez. Dai, ter sido escolhido para dirigir Sherlock e pelo visto está fazendo uma baita sucesso.
9) Ja tinha lido essa comparaçao de avatar com Pocahontas. Independente disso, o filme tái para mostrar a que veio. Ou seja, fazer sucesso.
Depois eu volto. Um beijinho
Kamila: Esse filme é um primor.Existem muitos angulos a serem obersvados e abordados nele. Meu comentário apenas faz jus a parte dessa riqueza. Quanto a Jamie Foxx, ele está muito bem mesmo, mas para mim, a grande atuação de Colateral é a de Tom cruise. Totalmente desprovida de Vaidade, o ator descaracteriza-se até mesmo de seus cacoetes (à época os de Jamie Foxx não eram tão notórios) e vive um vilão metódico, convincentemente carismático e irrepreensível. Lógico que o visual de seu personagem corrobora com a estranheza que acomete-nos enquanto platéia, mas a sutileza da composição de Cruise é tamanha que Foxx chama mais atenção. Bjs
ResponderExcluirCintia: Ai, obraé um horror fala a verdade? Por mais necessária que seja, sempre nos deixa desconfortáveis! Espero que possa retomar o prazer de seu computador logo.
Obrigado pelos elogios. Fico feliz que esteja gostando da minha cobertura sobre a temporada de premiações. ela segue firme e forte viu. rsrs
Sangue negro é um bom filme e tem Daniel day Lewis em grande momento. Vale a pena sim.
Sobre o prêmio de sandra Bullock, é um prÊmio concedido pelo público, logo, o que pesa é o melhor momento atravessado pelo artista. Nicole Kidman geralmente não está associada a filmes de grande apelo comercial. Os últimos com esse tipo de ressonÂncia foram em 2001, Os outros e Moulin rouge.
Tb adoro Robert Downey Jr. E fico feliz pelo sucesso dele.
Tb adoro 007, mas entendo o pq de suas restrições. É justamente para sobrepujar essas restrições que os produtores de 007 estão tentando levar o personagem a novos rumos. Imagine o que o diretor de beleza americana, Estrada para perdição e Foi apenas um sonho pode fazer com James Bond!
Sobre o Guy Ritchie, bem vc viu justamente o pior filme dele. É aquilo que eu disse no artigo sobre a carreira dele. Ele só fes esse filme como um favor pessoal para a mulher dele. Rocknrolla estava passando agora pouco na HBO. É o último filme dele antes de Sherlock Holmes.É muito bom, mas para curtir os filmes de Guy, é preciso gostar de filmes de gangsters e de humor negro.
Pois é,Avatar está fazendo muito barulho.Essa semana tem mais novidades sobre o filme e sobre James Cameron aqui em Claquete.
Bjs e volte logo! rsrs
Eu acho um absurdo o Tom Cruise não ter sequer sido indicado ao Oscar por esta boa condução e construção do seu personagem, o filme é mais digno pela presença interpretativa dele e tenho dito.
ResponderExcluirAbraço!
Cris, para variar, to assinando embaixo do que vc disse. Valeu pela presença aqui em Claquete!
ResponderExcluirOi Reinaldo, bom dia!
ResponderExcluirEu tenho uma relação esquisita com Colateral, ou posso dizer, o meu efeito colateral é ambíguo durante o filme. Eu acho que a obra excelente, Jamie Foxx e Tom Cruise arrasam, mas sinto um mal-estar. O personagem de Tom Cruise me faz um mal, tenho uma antipatia por ele, como se me incomodasse com sua presença além do caratér homicidade que banaliza a vida. Obrigada pela dica! Preciso assistir este filme para poder avaliá-lo lá no blog. O tema é bem atual.
Beijo
Acho este filme muito bem dirigido. O modo como a câmera é usado, isso é especialidade de Michael Mann. Cenas de ação bom executadas e ótima fotografia e com ótimas atuações de Cruise e Foxx.
ResponderExcluirBeijos! ;)
Madame: Pois esse é o maior acerto de Mann. Pegar Tom Cruise, descaracteriza-lo(e o astro mergulha no projeto) e provocar essa dualidade na platéia, uma vez que essa se sente impelida a simpatizar com a persona de Cruise, mas sente-se repelida pelo que essa persona representa. Um triunfo de realização. Michael Mann merecia um Oscar por esse filme. Aliás, o filme merecia ter sido mais contemplado no Oscar.
ResponderExcluirMayara: Concordo plenamente contigo.Por isso elegi-o o 20o melhor da década. Bjs
Oi Reinaldo! Voltei! :)
ResponderExcluirEntão, Colateral é um dos meus filmes preferidos, está no meu top 10. Lembro que saí do cinema muito "mexida".
Fiquei assombrada pela interpretação do Tom, fazendo um Vicent tão frio mas ao mesmo tempo tão coerente e racional, enquanto sentia pena do Max [Foxx], mas me via muitas vezes nele. Foi nesse filme que me tornei fã do Michael Mann e descobri outra peróla dele, Fogo contra Fogo.
A fotografia e a trilha sonora são um espetáculo à parte.
Mas o que me cativou mesmo foi aquela gama de reflexões que ele deixa na sua cabeça. Sabe aqueles filmes que vc termina de ver e fica um tempão pensando sobre aquilo que viu? Colateral é assim para mim. Até hoje, quando o revejo.
Bjoss
Oi Patty, tudo bem? Que bom que vc voltou! Estava com saudades. Pois é, Colateral, junto com Fogo contra fogo, são os melhores filmes de Michael Mann na minha avaliação. Ele´, aliás, é um baita de um diretor.
ResponderExcluirO filme é um triunfo em vários aspectos. Por isso, entrou na lista dos 25 melhores da década aqui em Claquete. Espero que vc esteja gostando da lista. Bjs e não some não.