Guy Ritchie passou a declarar que seu Sherlock Holmes não seria tão sério, mas também não seria um fanfarrão, para usar uma expressão brasileira da moda. E tanto ele quanto Silver acreditavam ser Downey Jr. o homem certo para o serviço. O ator conseguia como poucos transitar entre o drama e o cômico, sempre de forma suave e orgânica. Sem dúvida, o excelente 2008 que Downey teve (além de Homem de ferro, o ator foi indicado ao Oscar por sua participação em Trovão tropical) foi decisivo para que Silver e Ritchie pensassem dessa maneira.
O diretor Guy Ritchie orienta Robert Downey Jr. e Jude Law
Com protagonista e abordagem definidos, era necessário criar a Londres vitoriana que abrigou o personagem em todas as suas encarnações passadas, mas fazê-la de forma que também emulasse algo novo, que nunca fora visto antes. Para isso foram recrutados o diretor de fotografia Philippe Rousselot, de filmes como Constantine e Peixe grande, e o diretor de arte James Foster, de filmes como Filhos da esperança, A bússola de ouro e Senhora Henderson apresenta.
Eles desenvolveram uma Londres cinzenta e épica. Os cenários (um misto de CGI * e cenas rodadas em estúdios montados) são tão reais que chegam a impressionar. A direção de arte da fita, inclusive, é forte candidata ao Oscar da categoria. A grandiosidade e acuidade dos cenários é um dos atrativos do filme. “Queremos transportar o espectador para a Londres daquela época”, declarou o diretor a entertainment weekly em novembro passado.
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Ação, aventura, romance e Waltson
“Sim, porque não há como conceber um filme de Sherlock Holmes sem seu fiel escudeiro Waltson”, resume Jude Law na mesma entrevista a EW. O ator esclarece que a dinâmica entre Waltson e Holmes é o carro chefe do filme e que ela em tudo lembra a de grandes duplas do cinema como O gordo e o magro ou Shrek e o burro.
Sherlock Holmes estreou no último natal batendo recordes. Registrou a maior arrecadação da história do dia de natal e fechou o primeiro fim de semana com U$ 65 milhões. A bela abertura superou as expectativas do estúdio e pavimentou o caminho para uma nova franquia. A crítica também recebeu bem o novo trabalho de Guy Ritchie.
Sherlock Holmes ajudou a fechar o ano da Warner Brothers no azul, a cristalizar a estrela de Robert Downey Jr. em Hollywood e a provar que, de fato, o que estava atrapalhando Guy Ritchie era Madonna.
Tenho que confessar que ainda não tenho nenhum apreço por Guy Ritchie e quando soube que ele era o diretor fiquei muito assustada, de qualquer maneira, tenho afeto por Downey Jr. Eu o acho bem orgânico, visceralmente acho que ele tem um jeito bem "safo" haha... por isso não o consiga imaginar como um Sherlock Holmes, um personagem que me soa britânico demais para o lado mais "wild" de Downey em meus instintos cinéfilos.
ResponderExcluirMal vejo a hora deste filme chegar... adorei o poster!
Beijo da madame!
Eu aco que era justamente provocar esse misto de ansiedade com desorientação, a intenção dos produtores. E acho que o filme vai ser bem legal. É esse fds hein.
ResponderExcluirBjs