O titanic de James Cameron
Sam Warthington em cena de Avatar: A tecnologia existe para viabilizar o filme ou filme para viabilizar a tecnologia?
Tecnologia a serviço da história
James Cameron sempre foi um entusiasta da tecnologia e por osmose, da ficção cientifica. Ele criou um dos maiores ícones culturais do século passado, O exterminador do futuro. Também deixou suas digitais em Aliens e O segredo do abismo. Avatar pode ser considerado, em linhas gerais, o testamento artístico de James Cameron. A obra pela qual quer ser julgado pela história do cinema. A ambição, embora legitima, pode custar a fama e o status de Cameron. O primeiro indício disso surgiu no Avatar day. Em 21 de agosto desse ano, Cameron, em mais um golpe de marketing bem engendrado, promoveu seu filme em diversas mídias, em escala global. A recepção à Avatar foi de morna para baixo.
Cameron então argumentou que seu filme fora feito para ser assistido em 3D e na tela grande. Que só assim a “experiência Avatar” poderia ser plenamente experimentada.
De fato, as primeiras criticas foram lisonjeiras com o filme, embora não o reconheçam como evolução, no máximo admitem um passo adiante nas já evoluídas técnicas de se contar uma história. O que importa é que Cameron teve de se justificar, algo indesejável em tais circunstâncias.
Estreou mundialmente na sexta – feira Avatar, o novo filme de James Cameron. Mas Avatar, por uma conjunção tão improvável quanto excepcional de circunstâncias não pode ser considerado apenas o ‘novo filme de James Cameron’. A fita, orçada em U$ 250 milhões e que, especula-se, consumiu mais que o dobro dessa quantia em produção, marketing e distribuição, é nas palavras de seu próprio autor, a última e mais contundente revolução cinematográfica. Cameron também usa freqüentemente a palavra evolução, já que há, empírica e historicamente, uma tolerância maior a esse termo do que a ‘revolução’.
Passaram-se 12 anos desde Titanic, seu último filme e maior sucesso de bilheteria da história e foram 14 anos para que Cameron pudesse materializar Avatar, um sonho que teve e ao qual agregou referências diversas, desde quadrinhos da Marvel à mensagens ecológicas.
A razão para tanta espera foi a ausência de tecnologia para “traduzir” a visão de Cameron para celulóide. Foi o diretor quem assumiu a tarefa de ajudar a desenvolver a tecnologia que deu vida ao universo mitológico de Avatar. Contudo, não foram só câmeras, softwares e programas complexos que o diretor viabilizou. Cameron criou toda uma mitologia, em uma aspiração tolkeniana, ele deu vida aos Na´vi , a um planeta (Pandora), a um ecossistema e todas as suas características (fauna, animais, etc) e pequenas minúcias como linguagem e História.
Avatar é um colosso por todo e qualquer ângulo que se observe. A megalomania de Cameron é fruto de ataques por muitos setores da critica e da indústria. A Fox, no entanto, confiou piamente no diretor que deu ao estúdio, apesar de desacreditado então, o maior sucesso de bilheteria da história, 11 Oscars e muito faturamento em produtos ligados a Titanic. Se Cameron sofreu pressão do estúdio durante os 4 anos em que desenvolveu Avatar, ele não transpareceu, porém, agora a história é outra. Com o lançamento do filme nos cinemas muito está em jogo. E não se trata apenas de se medir a viabilidade do 3D ou o futuro financeiro da Fox. James Cameron construiu seu próprio Titanic. Uma bilheteria de 1 bilhão de dólares não irá representar o lucro que o que o som “bilhão” permite aferir. Não chegar ao bilhão então seria temerário para Cameron e para a evolução proposta por ele.
Passaram-se 12 anos desde Titanic, seu último filme e maior sucesso de bilheteria da história e foram 14 anos para que Cameron pudesse materializar Avatar, um sonho que teve e ao qual agregou referências diversas, desde quadrinhos da Marvel à mensagens ecológicas.
A razão para tanta espera foi a ausência de tecnologia para “traduzir” a visão de Cameron para celulóide. Foi o diretor quem assumiu a tarefa de ajudar a desenvolver a tecnologia que deu vida ao universo mitológico de Avatar. Contudo, não foram só câmeras, softwares e programas complexos que o diretor viabilizou. Cameron criou toda uma mitologia, em uma aspiração tolkeniana, ele deu vida aos Na´vi , a um planeta (Pandora), a um ecossistema e todas as suas características (fauna, animais, etc) e pequenas minúcias como linguagem e História.
Avatar é um colosso por todo e qualquer ângulo que se observe. A megalomania de Cameron é fruto de ataques por muitos setores da critica e da indústria. A Fox, no entanto, confiou piamente no diretor que deu ao estúdio, apesar de desacreditado então, o maior sucesso de bilheteria da história, 11 Oscars e muito faturamento em produtos ligados a Titanic. Se Cameron sofreu pressão do estúdio durante os 4 anos em que desenvolveu Avatar, ele não transpareceu, porém, agora a história é outra. Com o lançamento do filme nos cinemas muito está em jogo. E não se trata apenas de se medir a viabilidade do 3D ou o futuro financeiro da Fox. James Cameron construiu seu próprio Titanic. Uma bilheteria de 1 bilhão de dólares não irá representar o lucro que o que o som “bilhão” permite aferir. Não chegar ao bilhão então seria temerário para Cameron e para a evolução proposta por ele.
Sam Warthington em cena de Avatar: A tecnologia existe para viabilizar o filme ou filme para viabilizar a tecnologia?
Tecnologia a serviço da história
James Cameron sempre foi um entusiasta da tecnologia e por osmose, da ficção cientifica. Ele criou um dos maiores ícones culturais do século passado, O exterminador do futuro. Também deixou suas digitais em Aliens e O segredo do abismo. Avatar pode ser considerado, em linhas gerais, o testamento artístico de James Cameron. A obra pela qual quer ser julgado pela história do cinema. A ambição, embora legitima, pode custar a fama e o status de Cameron. O primeiro indício disso surgiu no Avatar day. Em 21 de agosto desse ano, Cameron, em mais um golpe de marketing bem engendrado, promoveu seu filme em diversas mídias, em escala global. A recepção à Avatar foi de morna para baixo.
Cameron então argumentou que seu filme fora feito para ser assistido em 3D e na tela grande. Que só assim a “experiência Avatar” poderia ser plenamente experimentada.
De fato, as primeiras criticas foram lisonjeiras com o filme, embora não o reconheçam como evolução, no máximo admitem um passo adiante nas já evoluídas técnicas de se contar uma história. O que importa é que Cameron teve de se justificar, algo indesejável em tais circunstâncias.
4 anos de trabalho árduo: Cameron pôs o seu na reta
Também há por aí muitas ressalvas aos méritos de Avatar e de Cameron, mais precisamente. A percepção geral é de que a razão de ser do filme é simplesmente proporcionar deslumbramento tecnológico. Há um naco de história, embalada na correção política da preservação da natureza, que nunca convence e que ainda é prejudicada pelo que o filme tem de mais atrativo, seus efeitos especiais. Se essa percepção vingar, será um grande revés para Cameron que sempre se orgulhou de usar a tecnologia a serviço de uma boa história. Até mesmo em Titanic, o navio vem abaixo com toda a pompa e espetáculo que milhões em efeitos especiais podem proporcionar para que uma linda e trágica história de amor possa ser contada.
Reinaldo, belo texto! Tive o prazer de assistir "Avatar" ontem e comprovei mesmo que o James Cameron é um diretor completamente visionário. Incrível como ele tem a capacidade de imaginar as coisas mais impossíveis e encontra a tecnologia para colocar suas ideias em prática. O visual de "Avatar" é arrebatador!
ResponderExcluirEsse ainda não vi, mas estou cada vez mais ansioso!
ResponderExcluirKamila: Cameron é realmente um fora de série! Mas será o dinheiro que Avatar arrecadará, o fiel da balança no julgamento da história. Bjs
ResponderExcluirVinícius: Depois quero saber o que vc achou hein!ABS
Excelente texto também. Estou louca para assistir Avatar e acho James Cameron um visionário super ousado.
ResponderExcluirGostei da pergunta " Sam Warthington em cena de Avatar: A tecnologia existe para viabilizar o filme ou filme para viabilizar a tecnologia?"
Acho que os dois, não? Pelo menos para este filme.
bjs da Madame!
Obrigado madame!Que James Cameron é gênio não resta dúvidas. Agora, quanto a importância de Avatar para a história do cinema, aí sim há muitas dúvidas....
ResponderExcluirBjs
Oi Rei, na verdade, James Cameron é tão ousado que é por isso que ele está correndo este risco(rs)... eu acho que seria mais covarde que ele (rs).
ResponderExcluirA idéia de Avatar é sublime e cobre 50% da minha emoção e 50% da minha razão,afinal, acho que Cameron espera que enxerguemos, enquanto humanos, o que perdemos em nossa "vendável" natureza humana. Para isso, ele coloca avatares na nossa frente. Verá o reflexo do espelho quem tiver sensibilidade para isso.
Agora, com relação a altos investimentos, obviamente todo diretor que tem orçamento, será cobrado como um burro de carga ou como um belo cavalo sangue puro. Triste, mas é vero!
Beijo da Madame Lumière!!!!!!
PS: Estou adorando as ilustrações dos melhores na abertura do blog. Hoje, com UP Altas Aventuras, tudo ficou mais bonito aqui. Parabéns, sou sua fã!
Beijo again!
Ai ai ai essa madame sabe me provocar... rsrs
ResponderExcluirObrigado madame, pois saiba que tb sou seu fã.Olha quanto ao Cameron, sou fã dele. Adoro o Exterminador do futuro. Acho de uma genialidade atroz. Veja Lost por exemplo, que nessa quinta temporada foi beber da fonte do Cameron...
O filme que mais gosto dele no entanto é o true Lies, que é justamente o menos "revolucionário". Titanic, para mim já foi um engodo. Achei um filme bom sim, mas não isso tudo que se fala sobre o filme. Meu primeiro amor( para ficar em um exemplo que eu gosto de dar) é igualmente trágico, verdadeiro, bem menos manipulador, muito mais barato e o que importa, me fez chorar como manteiga derretida, algo que não ocorreu em Titanic.Assim como Avatar é um deleite para os olhos, mas não passa disso. Acho que como cinema é essencialmente fraco. A minha critica do filme sai no fim de semana, aí eu me posiciono melhor.
Bjs, bjs e mais beijos