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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cenas de cinema

Se tranquem no armário
Vira e mexe Hollywood abraça a causa gay. Depois de ter algumas celebridades defendendo abertamente a união homossexual (como os héteros Brad Pitt e Sean Penn) e filmes de grande apelo popular que legitimavam a questão (como O segredo de Brokeback Mountain e Milk – a voz da igualdade), ainda há quem desconfie de toda essa boa vontade. O ator Rupert Everett, o eterno George de O casamento do meu melhor amigo, que é gay assumido, declarou essa semana ao jornal inglês The Guardian que ser gay é sinônimo de insucesso em Hollywood. Ou melhor, ser gay assumido é sinônimo de insucesso. “Honestamente, não aconselharia nenhum ator, se ele realmente está pensando em sua carreira, a sair do armário”. A declaração de Everett denota duas coisas. A primeira é o rancor de um ator que tinha tudo para estourar depois de sua consagradora participação no filme estrelado por Julia Roberts e não estourou. A segunda é uma má percepção do estado das coisas (o que talvez ajude a explicar seu infortúnio). Nunca artistas gays e personagens gays foram tão badalados. Só nessa década, 20 interpretações de personagens homossexuais foram indicadas ao Oscar. E gente gay assumida tem trabalhado bastante e conquistado sucesso de público e critica como mostram os exemplos dos diretores Bryan Singer, Gus Vant Sant e do ator Ian McKellen.



O ator e encantado, o personagem afetado que dá voz nos filmes de Shrek: Estigma?

Um ator fino
Contudo, não se pode dizer que Rupert Everett seja mau ator. Pelo contrário, é carismático, charmoso, elegante e, a despeito disso tudo, não teve grandes oportunidades de provar talento dramático. Fora seu grande momento ao lado de Julia Roberts, dividiu a cena com Madonna em Sobrou para você e fez outras comédias românticas bobinhas como O marido ideal e Surpresas do coração. Participou como convidado de algumas séries de tv, mas não foi longe. Uma explicação para isso pode ter sido a dificuldade de público, critica e, principalmente, indústria em dissociar Everett da imagem de George. Seus personagens são sempre o fino. Sofisticados, pose glacê, ligeiro charme cafajeste e uma leve acentuação homossexual, quando não gays por completo. Isso tem mais a ver com seu mais bem sucedido personagem do que com sua, deverás, opção sexual.

Amor que é amor é eterno
Por falar em declarações fora de propósito, Uma Thurman fez a dela. A atriz, ás vésperas de seu casamento com o empresário franco-argeliano Arpad Busson, declarou que ainda tem “sentimentos” por seu ex, Ethan Hawke. Uma não foi específica em relação a que sentimentos seriam esses, mas também não precisava. Que outros sentimentos seriam adornados com tamanho mistério e tão coloquial depoimento? Busson é que, como qualquer outro namorado, não deve ter gostado nada de saber disso. Principalmente, por que todo mundo ficou sabendo junto com ele.


Ele é um ícone! Também para Obama.
Obama recebeu o Nobel da Paz e saiu distribuindo honrarias por aí. E um dos agraciados foi o ator Robert De Niro. O astro, junto com outros grandes nomes da cultura americana, como o cantor Bruce Springsteen, receberam do presidente o prêmio honorário denominado Kennedy center honors. Esse é um prêmio de americanos para americanos, destinado a prestigiar verdadeiros ícones ianques. E De Niro certamente é um deles. Nada mais justo.

Obrigado senhor presidente...

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