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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Critica - Gamer

Violência, sexo e tecnologia!

Não é de hoje que filmes de ficção científica, cuja proposta abrange um futuro próximo, se põem a divagar sobre as sandices e pragas que a raça humana trará sobre si. Contudo, com o passar dos anos, eles passaram a ser mais imaginativos e, conseqüentemente, pessimistas.
Um futuro dominado pela tecnologia e pelas possibilidades, inúmeras, que oferece para experiências fetichistas sobre violência e sexo é a matéria prima de Gamer (EUA 2009).
O filme dirigido e roteirizado por Briam Taylor e Mark Neveldine, os mesmos dos dois Adrenalina, se passa em um futuro em que condenados a morte participam de um jogo em que aquele que conseguir se manter vivo por 30 vezes, ganha a liberdade. Detalhe, eles são controlados por pessoas que compram os direitos sobre eles. Não é só. Há também jogos em que você pode ser controlado, ou controlar, para finalidades menos trágicas. É possível explorar fantasias e dar vazão aos mais cabeludos desejos sexuais em um jogo com a mesma dinâmica. Essas duas “febres” do futuro mostrado em Gamer são criações de Ken Castle( Michael C. Hall, com ecos de Dexter), uma distorção malévola de Bill Gates.
O filme é de ação, bem ao gosto dos ardorosos fãs de vídeo game do século 21, mas faz, mesmo que de forma vacilante, uma critica aos rumos da tecnologia. E lembra, que certos valores e preceitos tem de ser protegidos.
Gerard Butler empresta seu carisma a Kable, o mais perto de herói que o filme apresenta. Gamer, no entanto, em meio a tiros, corpos nus e papo high tech não é muito bem sucedido em suas pretensões. Não é nem forte critica social, nem bom filme de ação. Fica no meio termo.

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