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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Movie Pass

O Movie Pass de hoje destaca o filme que contribuiu definitivamente para a afirmação do interesse do cinema pela figura do psicopata. O silêncio dos inocentes é cult por muitos fatores, mas o mais proeminente deles, é sem dúvida alguma ter apresentado ao mundo Hannibal Lecter. O personagem imortalizado por Sir Anthony Hopkins voltaria em outros filmes, mas nunca proporcionaria o impacto daquele primeiro encontro. É verdade que o personagem dos livros de Tomas Harris já havia feito o seu debute em 1986 em um telefilme dirigido por um então desconhecido Michael Mann. Mas foi só em 1990, com essa fita de Jonathan Demme, que o doutor canibal enfeitiçou platéias do mundo inteiro.
O silêncio dos inocentes é um filme plenamente elaborado. Suspense de alto nível, sofisticação, e atores no tom certo. O filme tem ainda a pecha de ter sido o último( além dele só tem mais dois filmes) a ter conquistado os cinco principais prêmios da acadêmia (melhor filme, direção, roteiro, ator e atriz).
A seguir o trailer e a minha critica do filme:


A mais requintada versão de a bela e a fera
O diretor Jonathan Demme realiza um filme que impressiona tanto pela inteligência quanto pela capacidade de chocar. O silêncio dos inocentes (Silence of the Lambs, EUA 1990) é daqueles raros casos em que tudo converge de maneira tal, que o resultado final é não menos do que assombroso. Unindo esmero narrativo, atmosfera claustrofóbica, requinte e atores imersos em seus papéis, Demme tece um conto aterrador sobre a perversão humana e a força que se reúne para combatê-la.
Na fita, jovem e inexperiente agente do FBI( Jodie Foster) se vê obrigada a colaborar com Serial Killer condenado para que possa prender um outro que está a solta e provocando pânico e vítimas desenfreadamente.
O psicopata que será consultor do FBI no entanto, é mais perigoso e perspicaz do que os numerosos avisos dão conta. Hannibal Lecter( imortalizado na pele de Anthony Hopkins) é altivo, sedutor, sofisticado, extremamente inteligente e obviamente, um manipulador contumaz. Ele tem seus próprios planos, embora se interesse genuinamente pela agente desastrada, mas corajosa, vivida por Foster.
O jogo de gato e rato desenvolvido entre os dois de alguma maneira se sobrepõe a caçada pelo serial Killer a solta. Demme sabiamente desvia a atenção da platéia para onde seu filme tem mais vigor, viço. O embate entre aquele monstro refinado e aquela bela que alimenta sentimentos dúbios em relação a ele, move a história e insere novos elementos ao suspense que se assiste e ao que se pressente.
A trama principal se resolve conclamando o desfecho imaginado. O embate entre Hannibal e sua mais tenaz oponente, no entanto, reverbera no espectador que não consegue se retirar daquele momento intenso e trucidante. O mal, raras vezes foi tão sedutor na tela grande.

Um comentário:

  1. Realmente Anthony Hopkins emprestou sua alma a esse personagem e a deixou ser possuida.
    Apesar do rosto caricato, não é Hopkins quem está em cena interpretando mais um papel: é Hannibal Lecter encarnado (e faz lembrar Anthony Hopkins)rs.

    Adorei a crítica, como sempre.
    Se eu não tivesse visto 500 vezes e tivesse possibilidade, veria de novo por causa da sua crítica.
    Te amo.

    Bjos

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