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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Critica:Jogando com prazer

Livin´ la vida loca

Ashton Kutcher, o eterno Kelso de that´s 70th show, e mais conhecido atualmente pelo status de marido de Demi Moore, vira e mexe faz algum filme em que busca primeiramente seu próprio entretenimento; e se possível, agradar a um considerável séqüito de fãs que o seguem via paparrazi ou twitter. Jogando com prazer ( Spread EUA 2009) é um caso célebre.
No filme, Kutcher vive Nikki, um jovem que descobre na vida de gigolô uma vocação. A vida idílica de mulheres, farras, bebidas e vadiagem é uma realidade para Nikki. Ele não tem casa, vínculos nem responsabilidade. De casa em casa, de companhia em companhia, a rotina de Nikki é tão volúvel quanto seus sentimentos a primeira vista. Ele se vende como brinquedo sexual para mulheres poderosas e carentes de uma Los Angeles fashionista e fetichista.
Enquanto o diretor David Mackenzie observa a rotina boa vida e desprovida de responsabilidades de Nikki, Jogando com prazer é interessante de um ponto de vista meramente voyeour, mas quando cede a um moralismo torto e capenga, o filme se anula.
O diretor David Mackenzie, que já havia feito filmes sobre a falta de perspectiva de certos tipos jovens em O jovem Adam, muda o tom de seu registro muito bruscamente e confunde seu público. Vemos ali um drama sobre a urgência de amadurecer ou os delírios de um misógino mal resolvido?
De qualquer forma, Jogando com prazer tem a cara de Ashton Kutcher. Fotogênico, colorido, sexy e cheio de corpos torneados a mostra. O ator, que produz o filme, realiza cenas picantes, em sua maioria junto a atriz Anne Heche, que até então não o havíamos visto fazer. Essas cenas também servem para emaranhar a percepção da platéia, já que parecem totalmente descartáveis, embora bem filmadas.
Kutcher disse, certa vez, ter a curiosidade de rodar um filme pornô. Chegou bem perto disso aqui. Jogando com prazer, mais uma vez, é um filme para satisfazer, primeiramente, os caprichos de Kutcher. Para justificar a produção do ponto de vista comercial, incutiram um moralismo ululante na fita. Essa esquizofrenia acaba por diminuir a diversão de quem quer que seja.

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