sábado, 8 de janeiro de 2011

OSCAR WATCH 2011 - O novo filme dos irmãos Coen se tornou um favorito ao Oscar?

Desde que foi anunciado, o remake de Bravura indômita foi tido como um dos sérios candidatos ao Oscar desse ano. E estávamos no meio de 2009. Embora os irmãos Joel e Ethan Coen refutem o título de remake (eles afirmam terem adaptado o romance original e não o filme de 1969 de Henry Hathaway), por se tratar do filme que deu o Oscar ao mito americano John Wayne, ninguém se atrevia a colocar a fita fora da lista de oscarizáveis. Os Coen já haviam feito o melhor western dos últimos anos, embora Onde os fracos não têm vez pouco remetesse aos filmes clássicos do gênero. Com Bravura indômita, os Coen entregam - por assim dizer - um western puro sangue.
A surpresa foi quando o filme foi totalmente ignorado pela associação de imprensa estrangeira (HFPA) que distribui o Globo de ouro. O filme não emplacou uma indicação sequer. As críticas americana e internacional se puseram a tentar desvendar o porque de tamanha atrocidade (combinadas com outras que a HFPA cometeu, que contribuíram para o descrédito que só faz crescer junto à associação). Mas o filme foi lembrado em prestigiadas listas como as do AFI, National Board of Review e indicado aos principais prêmios do Critic´s choice awards (que ao contrário do Globo de ouro é cada vez mais confiável e prestigiado). Seus intérpretes também foram lembrados em outras premiações, em especial a debutante atriz Hailee Steinfield.

Cena do elogiadíssimo Bravura indômita: western puro sangue com o acréscimo da fina ironia dos Coen



Isso tudo se deu antes do filme estrear. Quando Bravura indômita chegou as telas de cinema americanas, outra surpresa geral: o filme se tornou um campeão de bilheteria. Em duas semanas somou quase U$ 100 milhões de dólares. O que, para um filme dos irmãos Coen que arrecadam em média U$ 50 milhões, é um fato notável. No fim de semana do ano novo, Bravura indômita quase roubou a primeira posição do vencedor do final de semana anterior, Entrando numa fria maior ainda com a família (um legítimo blockbuster de férias) e teve apenas 0,2% (isso mesmo que você leu) de queda de ingressos vendidos em relação ao fim de semana anterior. O melhor aproveitamento do ano depois de A origem (outro blockbuster legítimo).
Esses dados puseram a indústria em estado de alerta. Analistas se lançaram ao insolúvel questionamento se o alto rendimento comercial do filme dos Coen influenciaria a corrida pelo Oscar, afinal, os formulários para que os indicados seja preenchidos acabaram de ser despachados, e tudo que se fala é no filme dos Coen. A Sony, que distribui o favorito na corrida (A rede social), resolveu relançar “o filme do Facebook” nos cinemas para lembrar os votantes que a fita de David Fincher também é um campeão de bilheteria (embora o aproveitamento de Bravura indômita nos EUA seja bem mais vistoso).
Na próxima segunda-feira, o sindicato dos diretores deve indicar os Coen ao seu prêmio e sacramentar de vez Bravura indômita como o mais forte oponente do filme de Fincher na corrida pelo Oscar. Com sólidas indicações (foi lembrado pelos sindicados dos roteiristas e produtores), o filme ainda tem outro fator de desequilíbrio a seu favor. Nos últimos 20 anos, sempre que um western (o gênero americano por excelência) disputou a estatueta de melhor filme, levou. Foi assim com Dança com Lobos em 1991, Os imperdoáveis em 1993 e o já citado Onde os fracos não têm vez em 2007.

4 comentários:

  1. LOUUUUUCOOOOO para conferir este filme!

    Abs.
    Rodrigo

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  2. É, só nos resta acompanhar o desenrolar dessa história.

    bjs

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  3. Rodrigo: Então somos dois loucos... rsrs. Abs

    Amanda: Exatamente. Bjs

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  4. Sou extremamante fã de western e estou morto de curiosidade por este!

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